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Priscila P. Pinto: "Eu me vejo: o slogan do eleitor consciente"

"O jovem brasileiro quer superar a barreira do emprego pelo emprego, deixando de sonhar com setor público inchado e sem resultados"

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institutomillenium

Publicado em 31 de janeiro de 2018 às 09h33.

Última atualização em 31 de janeiro de 2018 às 09h34.

* Por Priscila Pereira Pinto

Brasil 2018, ano eleitoral. É o momento da escolha do presidente, governador, senador, deputado estadual e federal. A vitória dos candidatos passará pela necessidade de terem foco, preparo intelectual e emocional e visão clara com propostas eficientes e de baixo custo – sempre em busca de soluções em parceria com a iniciativa privada. Os eleitores estão se organizando, acompanhando as notícias e cobrando mudanças.

Jovens de toda parte do país começam a olhar para alguns candidatos a cargos públicos e pensam: “eu me vejo”. A noção de poder acompanhar propostas e promessas viáveis pelas redes sociais e aplicativos tem aproximado o eleitor do candidato, e assim fomentado o sentimento de representatividade. Há também uma notável nova abordagem dos jovens em relação ao dilema do engajamento político e cidadania proativa: eles não pretendem mais deixar que meia dúzia de “aliados” decidam o futuro de todos os moradores de um município ou estado.

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Os movimentos populares das ruas se transformaram em movimentos enormes nas redes sociais, mas o trabalho de checar pontos preocupantes, compartilhá-los e buscar a transformação real virá de cada eleitor na urna. A maior parte da população jovem está torcendo pelos candidatos que são contra a corrupção e a favor da transparência fiscal. Em razão disso, quem quiser conquistar votos precisará exercitar o cérebro e apresentar dados coerentes com a realidade dos municípios, além de sugerir ações práticas que poderão gerar resultados nos seus futuros mandatos.

Apesar do acesso à informação estar disponível 24 horas por dia, os candidatos, os meios de comunicação, o setor privado e os atores políticos pouco discutem opções e os diferentes lados de questões importantes como finanças públicas, saúde publica e privada, educação com base nacional ou regional, segurança pública preventiva ou reativa etc. É aí que entram os think tanks com o papel de filtrar as informações e traduzi-las em ideias úteis e relevantes para ações efetivas.

Todos nós precisamos entender que as eleições vão ocorrer, com ou sem a nossa participação. A informação disponível em sites especializados, analíticos, vai permitir que o eleitor vote com tranquilidade. A nossa efetiva atuação definirá os nomes vitoriosos nas urnas. A responsabilidade de levantar dúvidas e propor soluções é do eleitor, dono dos impostos que sustentam os eleitos. Decidir o voto de forma impensada ou trocá-lo por benefício são práticas do passado. O jovem brasileiro quer superar a barreira do emprego pelo emprego, deixando de sonhar com setor público inchado e sem resultados. Neste Brasil 2018, ele quer vencer no setor produtivo, quer ser campeão. Ele que se ver na política.

* Priscila é cientista política pela Fordham University (Nova Iorque), tem mestrado em Gerenciamento Político pela George Washington University (Washington DC) e é pedagoga. Foi administradora do Departamento de Notícias da Bloomberg na América Latina.

* Por Priscila Pereira Pinto

Brasil 2018, ano eleitoral. É o momento da escolha do presidente, governador, senador, deputado estadual e federal. A vitória dos candidatos passará pela necessidade de terem foco, preparo intelectual e emocional e visão clara com propostas eficientes e de baixo custo – sempre em busca de soluções em parceria com a iniciativa privada. Os eleitores estão se organizando, acompanhando as notícias e cobrando mudanças.

Jovens de toda parte do país começam a olhar para alguns candidatos a cargos públicos e pensam: “eu me vejo”. A noção de poder acompanhar propostas e promessas viáveis pelas redes sociais e aplicativos tem aproximado o eleitor do candidato, e assim fomentado o sentimento de representatividade. Há também uma notável nova abordagem dos jovens em relação ao dilema do engajamento político e cidadania proativa: eles não pretendem mais deixar que meia dúzia de “aliados” decidam o futuro de todos os moradores de um município ou estado.

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Apesar do acesso à informação estar disponível 24 horas por dia, os candidatos, os meios de comunicação, o setor privado e os atores políticos pouco discutem opções e os diferentes lados de questões importantes como finanças públicas, saúde publica e privada, educação com base nacional ou regional, segurança pública preventiva ou reativa etc. É aí que entram os think tanks com o papel de filtrar as informações e traduzi-las em ideias úteis e relevantes para ações efetivas.

Todos nós precisamos entender que as eleições vão ocorrer, com ou sem a nossa participação. A informação disponível em sites especializados, analíticos, vai permitir que o eleitor vote com tranquilidade. A nossa efetiva atuação definirá os nomes vitoriosos nas urnas. A responsabilidade de levantar dúvidas e propor soluções é do eleitor, dono dos impostos que sustentam os eleitos. Decidir o voto de forma impensada ou trocá-lo por benefício são práticas do passado. O jovem brasileiro quer superar a barreira do emprego pelo emprego, deixando de sonhar com setor público inchado e sem resultados. Neste Brasil 2018, ele quer vencer no setor produtivo, quer ser campeão. Ele que se ver na política.

* Priscila é cientista política pela Fordham University (Nova Iorque), tem mestrado em Gerenciamento Político pela George Washington University (Washington DC) e é pedagoga. Foi administradora do Departamento de Notícias da Bloomberg na América Latina.

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