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Por que o Banco Central precisa ser independente?

Assista à segunda parte da entrevista com o membro-fundador do Imil

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Instituto Millenium

Publicado em 6 de março de 2018 às, 10h36.

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O objetivo deve ser claro: garantir a estabilidade da moeda nacional. Para o economista e membro fundador do Instituto Millenium, Paulo Guedes, o Banco Central (BC) precisar operar de forma independente de governos para poder trabalhar sem interferências políticas que possam prejudicar o desempenho da economia e, consequentemente, o poder de compra dos brasileiros e o valor da poupança. Para isso, o economista defende mandato de quatro anos para o presidente da instituição, não coincidentes com o mandato do chefe do poder Executivo – o responsável pela indicação.

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Nesta segunda parte da entrevista (assista à primeira parte), Guedes traça um breve histórico do funcionamento das economias de mercado para explicar a importância da coordenação do sistema financeiro a fim de evitar orientações públicas populistas na economia, a exemplo da construção de Brasília durante o governo Juscelino Kubitschek, cuja emissão de dinheiro para este fim levou à escalada de um processo inflacionário fiscal, explica. “O Banco Central não pode ser sequestrado, corrompido, prostituído por outros objetivos que não a estabilidade do poder de compra da moeda”.

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Outro exemplo do que o economista chama de “corrupção da política através do BC” foi a reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff, que, segundo Guedes, “torceu o braço de Tombini [ex-presidente do BC] para baixar demais o juros um ano antes da eleição de 2014, fazendo com que a inflação voltasse a disparar posteriormente e, dois anos depois, chegasse a dois dígitos”. Para o economista, a independência do BC faz parte do processo civilizatório, um dos fatores essenciais para uma sociedade aberta. Assista ao vídeo e entenda!