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Paulo Kramer: “A absolvição de Roriz revela a grande distância entre a sociedade e a classe política”

A recente absolvição de Jaqueline Roriz pelo plenário da Câmara dos Deputados indignou a opinião pública brasileira. A deputada se livrou do processo que pedia a cassação de seu mandato, após a revelação de um vídeo em que Jaqueline aparecia recebendo dinheiro de Durval Barbosa, delator do mensalão do DEM. A decisão dos deputados mais uma vez colocou a questão da falta de ética no centro do debate. Qual é […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2011 às 19h59.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h54.

A recente absolvição de Jaqueline Roriz pelo plenário da Câmara dos Deputados indignou a opinião pública brasileira. A deputada se livrou do processo que pedia a cassação de seu mandato, após a revelação de um vídeo em que Jaqueline aparecia recebendo dinheiro de Durval Barbosa, delator do mensalão do DEM.

A decisão dos deputados mais uma vez colocou a questão da falta de ética no centro do debate. Qual é o reflexo dessa decisão na sociedade? Á classe política brasileira se distancia cada vez mais dos eleitores? Qual é o papel do indivíduo na defesa de seu interesse?

O Instituto Millenium entrou em contato com Paulo Kramer, cientista político, que falou sobre corrupção, ética e o que chama de “as duas heranças malditas do governo Lula”.

Veja trecho da entrevista abaixo e leia na íntegra aqui.

Instituto Millenium: Como você analisa a decisão do plenário em absolver a deputada Jaqueline Roriz?

Paulo Kramer: A grande diferença de votos que a absolveu simboliza a magnitude da distância que existe entre a sociedade e a classe política no Brasil. O país está avançando, está se modernizando em várias áreas, temos 90 milhões de novos membros da classe média, tentamos tirar o atraso em áreas tecnológicas, somos uma potência do agronegócio e mesmo assim, infelizmente, a nossa classe política e o nosso sistema eleitoral e partidário estão completamente obsoletos. O que causa indignação social é tratado com deboche pelos políticos. Enquanto não houver uma reforma política que modernize o sistema, nós não vamos avançar. O dilema da reforma é que quem as faz são os próprios políticos, que se beneficiam dos vícios atuais dos sistemas partidário e eleitoral.

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A recente absolvição de Jaqueline Roriz pelo plenário da Câmara dos Deputados indignou a opinião pública brasileira. A deputada se livrou do processo que pedia a cassação de seu mandato, após a revelação de um vídeo em que Jaqueline aparecia recebendo dinheiro de Durval Barbosa, delator do mensalão do DEM.

A decisão dos deputados mais uma vez colocou a questão da falta de ética no centro do debate. Qual é o reflexo dessa decisão na sociedade? Á classe política brasileira se distancia cada vez mais dos eleitores? Qual é o papel do indivíduo na defesa de seu interesse?

O Instituto Millenium entrou em contato com Paulo Kramer, cientista político, que falou sobre corrupção, ética e o que chama de “as duas heranças malditas do governo Lula”.

Veja trecho da entrevista abaixo e leia na íntegra aqui.

Instituto Millenium: Como você analisa a decisão do plenário em absolver a deputada Jaqueline Roriz?

Paulo Kramer: A grande diferença de votos que a absolveu simboliza a magnitude da distância que existe entre a sociedade e a classe política no Brasil. O país está avançando, está se modernizando em várias áreas, temos 90 milhões de novos membros da classe média, tentamos tirar o atraso em áreas tecnológicas, somos uma potência do agronegócio e mesmo assim, infelizmente, a nossa classe política e o nosso sistema eleitoral e partidário estão completamente obsoletos. O que causa indignação social é tratado com deboche pelos políticos. Enquanto não houver uma reforma política que modernize o sistema, nós não vamos avançar. O dilema da reforma é que quem as faz são os próprios políticos, que se beneficiam dos vícios atuais dos sistemas partidário e eleitoral.

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