Exame.com
Continua após a publicidade

Para representante da ONU, liberdade de expressão protege o direito à alimentação

A aptidão da China para alimentar um quinto da população mundial se tornará mais difícil por causa da urbanização da terra, degradação e dependência excessiva dos combustíveis fósseis e de fertilizantes. A afirmação é do representante das Nações Unidas, Olivier De Schutter, relator especial da entidade para o direito à alimentação, durante viagem à China. “A diminuição de terras aráveis e a enorme degradação da terra ameaçam a capacidade do […] Leia mais

I
Instituto Millenium

Publicado em 28 de dezembro de 2010 às, 12h42.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 10h39.

A aptidão da China para alimentar um quinto da população mundial se tornará mais difícil por causa da urbanização da terra, degradação e dependência excessiva dos combustíveis fósseis e de fertilizantes. A afirmação é do representante das Nações Unidas, Olivier De Schutter, relator especial da entidade para o direito à alimentação, durante viagem à China.

“A diminuição de terras aráveis e a enorme degradação da terra ameaçam a capacidade do país de manter os atuais níveis de produção agrícola, enquanto o fosso que separa o rural e o urbano é um importante desafio para o direito à alimentação da população chinesa”, disse De Schutter.

Durante a viagem, o enviado da ONU aproveitou para ressaltar a relação entre liberdade de expressão e segurança alimentar, lembrando o caso de Zhao Lianhai, o trabalhador preso em novembro deste ano por ter organizado uma campanha de indenização durante o episódio do escândalo do leite contaminado, que deixou 300 mil doentes e matou pelo menos seis bebês.

Em seu relatório, De Schutter pressionou o governo chinês para que assegure aos consumidores o direito de reclamar quando a segurança alimentar estiver comprometida. “Você não pode proteger o direito à alimentação, sem direito à liberdade de expressão e organização”, disse ele.

Fonte: “The Guardian”