Os limites à liberdade de expressão ao redor do mundo
Ao comentar a premiação do dissidente chinês Liu Xiaobo com o Nobel da Paz, a edição britânica do jornal “Metro” publicou matéria sobre as ameaças à liberdade de expressão que vigoram em todo o mundo. O veículo lembrou que, atualmente, em diversos países, escritores, blogueiros, cineastas e ativistas políticos “são perseguidos, presos, torturados, mortos, ‘desaparecidos’ e têm negado de alguma outra forma o seu direito à liberdade de expressão, nos […] Leia mais
Publicado em 9 de dezembro de 2010 às, 13h00.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 10h42.
Ao comentar a premiação do dissidente chinês Liu Xiaobo com o Nobel da Paz, a edição britânica do jornal “Metro” publicou matéria sobre as ameaças à liberdade de expressão que vigoram em todo o mundo. O veículo lembrou que, atualmente, em diversos países, escritores, blogueiros, cineastas e ativistas políticos “são perseguidos, presos, torturados, mortos, ‘desaparecidos’ e têm negado de alguma outra forma o seu direito à liberdade de expressão, nos termos do artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos do Homem”.
A matéria do “Metro” citou como exemplo alguns nomes, como o da líder democrata birmanesa Aung San Suu Kyi, e o da chinesa Cheng Jianping, que foi enviada para um campo de trabalho forçado por causa de um tweet.
O blogueiro iraniano Potkin Azarmehr, colaborador internacional do Instituto Millenium, foi ouvido pela reportagem do “Metro” e declarou:
“Eles [os líderes do Irã] parecem pensar que palavras, ideias e questionamentos são perigosos. É um regime inseguro que vê quase toda crítica como uma ameaça à sua existência. Uma vez que a liberdade de expressão é aniquilada, ela se torna a raiz de todo mal. Os governos que restringem a liberdade de expressão não prestam contas de seus atos e, portanto, a corrupção e o nepotismo tornam-se endêmicos. O passo seguinte é o declínio moral e o poder acaba restrito às mãos de uns poucos que têm o poder de suprimir os outros pela força. Existem centenas de jornalistas, escritores e ativistas na cadeia agora. A acusação contra eles é comum: ‘agir contra a segurança nacional’, quando na realidade eles não fizeram outra coisa senão expressarem sua opinião”.
De acordo com um relatório da Anistia Internacional, a liberdade de expressão foi restringida em pelo menos 96 países no ano passado.