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Os impostos e os súditos de Brasília

Artigo de Rodrigo Constantino sobre o Dia da Liberdade de Impostos, publicado hoje em O Globo: Os impostos e os súditos de Brasília Finalmente chegou ao Rio, Belo Horizonte e São Paulo a excelente iniciativa já existente em Porto Alegre, de celebrar o Dia da Liberdade de Impostos. O objetivo do evento, organizado pelo Instituto Millenium, OrdemLivre.org e Mises Institute Brasil, é conscientizar a população sobre os impostos embutidos em […] Leia mais

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Instituto Millenium

Publicado em 26 de maio de 2009 às, 15h18.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 13h33.

Artigo de Rodrigo Constantino sobre o Dia da Liberdade de Impostos, publicado hoje em O Globo:

Os impostos e os súditos de Brasília

Finalmente chegou ao Rio, Belo Horizonte e São Paulo a excelente iniciativa já existente em Porto Alegre, de celebrar o Dia da Liberdade de Impostos. O objetivo do evento, organizado pelo Instituto Millenium, OrdemLivre.org e Mises Institute Brasil, é conscientizar a população sobre os impostos embutidos em todos os produtos e serviços. Muitos brasileiros nem sequer sabem quanto pagam de impostos, pois estes acabam escondidos nos preços finais. Para pagar os tributos existentes, o brasileiro tem que trabalhar 145 dias por ano, ou seja, somente a partir do final de maio é que estamos começando a trabalhar para nós mesmos, e não para pagar impostos, taxas e contribuições.

E isso apenas para a carga tributária direta, pois na verdade existem muitos outros custos ocultos, como toda a regulação burocrática, os preços maiores por conta do protecionismo comercial, o desvio de energia produtiva e recursos para fazer lobby em Brasília, enfim, todo o custo de oportunidade existente por causa do aparato burocrático do governo. Fora o fato de que os impostos são escandinavos, mas os serviços são africanos. Ou seja, o brasileiro de classe média ainda acaba pagando tudo dobrado, pois precisa arcar com a segurança privada do condomínio, com plano de saúde particular pela empresa, com colégio particular dos filhos etc.

Os pesados impostos, que por si só já representam um abuso, ainda são a fundo perdido para bancar as regalias dos políticos, sustentar o MST, artistas engajados, ONGs socialistas e por aí vai. A máfia russa cobrava cerca de 30% sobre o faturamento para garantir a segurança do “cliente”. A máfia política brasileira cobra quase 40% de imposto e deixa o cidadão ao “Deus dará”.

Roberto Campos escreveu: “Continuamos a ser a colônia, um país não de cidadãos, mas de súditos, passivamente submetidos às ‘autoridades’ – a grande diferença, no fundo, é que antigamente a ‘autoridade’ era Lisboa. Hoje, é Brasília”. Está mais do que na hora da população acordar para este lamentável fato. A “república sindicalista” brasileira custa muito mais caro do que muita monarquia de país rico. Roberto Campos disse: “É francamente de causar indignação ver nédios representantes da burocracia oficial declamando que pagar impostos é ‘cidadania’. Cidadania é exatamente o contrário: é controlar os gastos do governo”.

Chega de tanto imposto! Afinal, somos cidadãos ou súditos de Brasília?