Oposição treme diante da Monstrobras
Do Blog de Orlando Tambosi: Os partidos de oposição já estão com as calças nas mãos em relação à CPI da Petrobras. Vergonhosamente, andam com medo da poderosa empresa brasileira que mais lembra as estatais soviéticas. Saquinho duplo, por favor. O texto sobre o adiamento da CPI é de Vera Magalhães, na Folha de hoje: A oposição vai protestar diante da nova tentativa frustrada de instalar a CPI da Petrobras, […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 10 de junho de 2009 às 10h40.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 13h32.
Os partidos de oposição já estão com as calças nas mãos em relação à CPI da Petrobras. Vergonhosamente, andam com medo da poderosa empresa brasileira que mais lembra as estatais soviéticas. Saquinho duplo, por favor.
O texto sobre o adiamento da CPI é de Vera Magalhães, na Folha de hoje:
A oposição vai protestar diante da nova tentativa frustrada de instalar a CPI da Petrobras, mas a verdade é que o adiamento vem bem a calhar não só para o governo mas também para PSDB e DEM, que ainda tentam calibrar o discurso e a ação para parecer que investigam a empresa, mas sem ferir seus interesses comerciais.
Os tucanos se assustaram com a atitude agressiva adotada pela Petrobras em vários fronts desde que a CPI saiu do papel. Primeiro, veio o discurso de que o PSDB quer privatizar a empresa, um símbolo nacional.
Depois, instados pela diretoria da estatal, empresários passaram a telefonar para caciques do PSDB deixando claro que prejuízos aos seus contratos significariam menos combustível nas bombas das campanhas de 2010.
Diante de uma CPI que passou a oferecer mais riscos do que dividendos políticos, os tucanos se retraíram. Em reunião na semana passada no Rio de Janeiro, montaram um grupo para definir limites às investigações.
A ideia é tentar provocar danos no núcleo petista-peemedebista que comanda a empresa, sem arranhar sua imagem internacional nem provocar prejuízos comerciais. Como chegar a esse resultado é algo que a oposição ainda não sabe ao certo. Por isso o feriadão veio a calhar.
O mesmo suspiro aliviado ecoa do lado governista. A tensão entre PT e PMDB para a escalação do presidente e do relator da CPI já se dissipou nesta semana, mas o novo prazo dá a Renan Calheiros (PMDB-AL) a oportunidade de dizer que fez as consultas necessárias e escolheu ele próprio o relator -que, a depender de Lula, será o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR).
Desse nome dependerá a escolha do presidente, considerada menos crucial, uma vez que cabe ao relator fazer a agenda de trabalhos e conduzir as conclusões da investigação. Nada mal ter mais uma semana para desatar mais esse nó.
Os partidos de oposição já estão com as calças nas mãos em relação à CPI da Petrobras. Vergonhosamente, andam com medo da poderosa empresa brasileira que mais lembra as estatais soviéticas. Saquinho duplo, por favor.
O texto sobre o adiamento da CPI é de Vera Magalhães, na Folha de hoje:
A oposição vai protestar diante da nova tentativa frustrada de instalar a CPI da Petrobras, mas a verdade é que o adiamento vem bem a calhar não só para o governo mas também para PSDB e DEM, que ainda tentam calibrar o discurso e a ação para parecer que investigam a empresa, mas sem ferir seus interesses comerciais.
Os tucanos se assustaram com a atitude agressiva adotada pela Petrobras em vários fronts desde que a CPI saiu do papel. Primeiro, veio o discurso de que o PSDB quer privatizar a empresa, um símbolo nacional.
Depois, instados pela diretoria da estatal, empresários passaram a telefonar para caciques do PSDB deixando claro que prejuízos aos seus contratos significariam menos combustível nas bombas das campanhas de 2010.
Diante de uma CPI que passou a oferecer mais riscos do que dividendos políticos, os tucanos se retraíram. Em reunião na semana passada no Rio de Janeiro, montaram um grupo para definir limites às investigações.
A ideia é tentar provocar danos no núcleo petista-peemedebista que comanda a empresa, sem arranhar sua imagem internacional nem provocar prejuízos comerciais. Como chegar a esse resultado é algo que a oposição ainda não sabe ao certo. Por isso o feriadão veio a calhar.
O mesmo suspiro aliviado ecoa do lado governista. A tensão entre PT e PMDB para a escalação do presidente e do relator da CPI já se dissipou nesta semana, mas o novo prazo dá a Renan Calheiros (PMDB-AL) a oportunidade de dizer que fez as consultas necessárias e escolheu ele próprio o relator -que, a depender de Lula, será o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR).
Desse nome dependerá a escolha do presidente, considerada menos crucial, uma vez que cabe ao relator fazer a agenda de trabalhos e conduzir as conclusões da investigação. Nada mal ter mais uma semana para desatar mais esse nó.