Oposição mais forte será marca do segundo mandato
Já nos primeiros meses após a reeleição, a presidente Dilma Rousseff encara forte resistência para aprovar projetos no Congresso Nacional. A polêmica votação da medida que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e reduz o valor da meta de superávit primário em 2014 revela a forte oposição entre os parlamentares e o Executivo. O cientista político e especialista do Instituto Millenium, Carlos Pereira, acredita que a presidente terá dificuldades para […] Leia mais
Publicado em 3 de dezembro de 2014 às, 13h49.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 08h12.
Já nos primeiros meses após a reeleição, a presidente Dilma Rousseff encara forte resistência para aprovar projetos no Congresso Nacional. A polêmica votação da medida que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e reduz o valor da meta de superávit primário em 2014 revela a forte oposição entre os parlamentares e o Executivo.
O cientista político e especialista do Instituto Millenium, Carlos Pereira, acredita que a presidente terá dificuldades para dialogar com deputados e senadores no segundo mandato. “A fragmentação legislativa aumentou e o tamanho dos dois principais partidos de sustentação do governo diminuiu”, ressalta Pereira.
Ele explica ainda que a maior heterogeneidade de representação no Congresso elevará os custos do governo. O cientista político afirma que os próximos quatro anos serão mais caros do que os governos dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. “Esses custos decorrem da execução de emendas parlamentares ao orçamento. Além disso, medimos o orçamento de cada ministério”. Segundo Pereira, a média de gastos do governo FHC foi de 20% no primeiro mandato e 40% no segundo. Já no governo Lula os custos foram de 70%. No atual governo, o número subiu para 80%.
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