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Opiniões liberais

O pessoal do Instituto Mises Brasil coloca o nariz de palhaço e, como forma de protesto, dá seu apoio a Tiririca. Rodrigo Constantino critica essa impostura engraçadinha e é da opinião que devemos tomar um Engov e votar em Serra. Divirjo dos dois. País nenhum melhora através do voto, o voto é que melhora de acordo com o país, as opções políticas idem. Nenhuma falsa perspectiva de mudança me tira isso da […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2010 às 16h07.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 11h13.

O pessoal do Instituto Mises Brasil coloca o nariz de palhaço e, como forma de protesto, dá seu apoio a Tiririca.

Rodrigo Constantino critica essa impostura engraçadinha e é da opinião que devemos tomar um Engov e votar em Serra.

Divirjo dos dois. País nenhum melhora através do voto, o voto é que melhora de acordo com o país, as opções políticas idem. Nenhuma falsa perspectiva de mudança me tira isso da cabeça. São os grandes e os pequenos esforços individuais, a boa vontade, anos de amor pela vergonha na cara, de respeito ao trabalho livre, de heroísmos discretos, de exemplos silenciosos, de organizações empenhadas na difusão de valores cívicos… Isso traz mudanças, o resto é rasto.

Racionalidade, meus caros, racionalidade: somos poucos, não temos influência, não temos representantes, não temos instituições que façam frente à propaganda acadêmico-esquerdista absorvida por décadas na grande mídia… Desse buraco a gente não sai tão cedo.

Atualização: o Rodrigo Constantino acaba de manifestar-se contra o voto nulo. Mas pense, são 135 milhões de eleitores obrigados a comparecer dia 3 de outubro, seu votinho cheiroso e intransferível vai se diluir como uma gota de bálsamo numa montanha de chorume (cheirosa e inconferível – voto eletrônico). E nem entrei na filigrana de discutir as ilustríssimas opções que temos à mesa e como elas chegaram a ser as únicas representações possíveis dos brasileiros. Se tivesse uma criatura votável, eu votaria, pela distinção, por afeto, o que não muda o fato que é inútil qualquer romantismo do tipo “o destino do país está nas suas mãos” – ora bolas, o seu próprio destino lhe escapa aos dedos, damos conta de nossa consciência e ora veja.

Não existe voto de protesto (ele é secreto, esqueceu?), não existe voto estratégico (lembre-se: montanha de chorume). Caro eleitor, guarde este pequeno segredo: ao se deparar com a urna eletrônica, faça o que bem vier na sua cabeça, prometo que em nada fará diferença nos rumos do país, e viva com isso.

Publicado em “A Mosca Azul”

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O pessoal do Instituto Mises Brasil coloca o nariz de palhaço e, como forma de protesto, dá seu apoio a Tiririca.

Rodrigo Constantino critica essa impostura engraçadinha e é da opinião que devemos tomar um Engov e votar em Serra.

Divirjo dos dois. País nenhum melhora através do voto, o voto é que melhora de acordo com o país, as opções políticas idem. Nenhuma falsa perspectiva de mudança me tira isso da cabeça. São os grandes e os pequenos esforços individuais, a boa vontade, anos de amor pela vergonha na cara, de respeito ao trabalho livre, de heroísmos discretos, de exemplos silenciosos, de organizações empenhadas na difusão de valores cívicos… Isso traz mudanças, o resto é rasto.

Racionalidade, meus caros, racionalidade: somos poucos, não temos influência, não temos representantes, não temos instituições que façam frente à propaganda acadêmico-esquerdista absorvida por décadas na grande mídia… Desse buraco a gente não sai tão cedo.

Atualização: o Rodrigo Constantino acaba de manifestar-se contra o voto nulo. Mas pense, são 135 milhões de eleitores obrigados a comparecer dia 3 de outubro, seu votinho cheiroso e intransferível vai se diluir como uma gota de bálsamo numa montanha de chorume (cheirosa e inconferível – voto eletrônico). E nem entrei na filigrana de discutir as ilustríssimas opções que temos à mesa e como elas chegaram a ser as únicas representações possíveis dos brasileiros. Se tivesse uma criatura votável, eu votaria, pela distinção, por afeto, o que não muda o fato que é inútil qualquer romantismo do tipo “o destino do país está nas suas mãos” – ora bolas, o seu próprio destino lhe escapa aos dedos, damos conta de nossa consciência e ora veja.

Não existe voto de protesto (ele é secreto, esqueceu?), não existe voto estratégico (lembre-se: montanha de chorume). Caro eleitor, guarde este pequeno segredo: ao se deparar com a urna eletrônica, faça o que bem vier na sua cabeça, prometo que em nada fará diferença nos rumos do país, e viva com isso.

Publicado em “A Mosca Azul”

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