O menino do MEP e a responsabilidade
O lançamento de Lula, o Filho do Brasil, primeiro exemplar de propaganda política com 2 horas de duração e atuação de Gloria Pires, movimentará, e MUITO, o cenário nacional. Pessoas que pertencem ao período tratado no filme serão descobertas e convidadas pelos mais variados veículos de comunicação a tecer suas impressões sobre a veracidade daquilo que Barreto levará às telas. Na sexta-feira, dia 27, a Folha publicou um artigo de […] Leia mais
Publicado em 30 de novembro de 2009 às, 13h48.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 13h16.
O lançamento de Lula, o Filho do Brasil, primeiro exemplar de propaganda política com 2 horas de duração e atuação de Gloria Pires, movimentará, e MUITO, o cenário nacional.
Pessoas que pertencem ao período tratado no filme serão descobertas e convidadas pelos mais variados veículos de comunicação a tecer suas impressões sobre a veracidade daquilo que Barreto levará às telas.
Na sexta-feira, dia 27, a Folha publicou um artigo de Cesar Benjamin, ex-militante do PT que trabalhou com o presidente da República na campanha presidencial de 1994. Pretendendo “refletir sobre a complexidade da condição humana, justamente o que um filme assim, a serviço do culto à personalidade, tenta esconder”, Benjamin contou uma passagem que teria ouvido do próprio Lula, sobre o período em que ficou preso. O caso tomou proporções dentro e fora do país. Foi apelidado de o caso do “menino do MEP” (mep é uma organização de esquerda, já extinta).
Existe uma questão muito grave em toda esta história. O que Benjamin escreveu em seu artigo é muito sério. Trata-se de um comentário que pode afetar definitivamente a imagem de Lula perante os brasileiros. É bem provável que Lula e sua equipe forcem o ex-militante petista a provar o que relatou no jornal. Caso Benjamin não tenha provas, presenciaremos um péssimo exemplo onde a liberdade de expressão será substituída pela libertinagem de expressão. É um grande risco.