“O governo tem uma conta que não fecha”
Gil Castello Branco fala sobre elevação da meta fiscal e falta de cortes por parte do governo
laizmartins1
Publicado em 16 de agosto de 2017 às 15h24.
Última atualização em 21 de agosto de 2017 às 15h27.
“O governo tem uma conta que não fecha”. A avaliação é de Gil Castello Branco, especialista do Instituto Millenium e fundador do Contas Abertas. Para ele, a magnitude do rombo – cujo limite foi fixado em R$ 159 bilhões nesta terça-feira – e o desequilíbrio do orçamento brasileiro são questões difíceis de serem resolvidas devido à natureza obrigatória de 90% dos gastos do orçamento, que dependem de autorização do Congresso Nacional para serem cortados.
Em conversa com o Imil, o especialista critica a dualidade do discurso austero do Planalto, que não contribuiu com relevância para o enxugamento da máquina pública: “Alegando ser negociação do governo anterior, assim que Temer assumiu foram concedidos uma série de aumentos à base do funcionalismo e também para algumas carreira de Estado. Aumentos inclusive escalonados até 2019”, analisa.
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Quanto ao orçamento, porém, Gil acredita que a solução precisa passar por reformas como a da Previdência, que contribuam de fato para a redução das despesas e do limite do rombo. Para ele, o cumprimento da nova meta dependerá do corte gastos do Executivo, Legislativo e Judiciário e de receitas extraordinárias, como “novas concessões de aeroportos, a venda da participação da Infraero em empreendimentos e leilões de hidrelétricas e de campos de petróleos”.
Para dimensionar o tamanho do rombo, o especialista lembra que em 2016 o governo federal gastou R$ 116 bilhões com a saúde, ou seja, valor inferior ao déficit previsto. Ouça!
“O governo tem uma conta que não fecha”. A avaliação é de Gil Castello Branco, especialista do Instituto Millenium e fundador do Contas Abertas. Para ele, a magnitude do rombo – cujo limite foi fixado em R$ 159 bilhões nesta terça-feira – e o desequilíbrio do orçamento brasileiro são questões difíceis de serem resolvidas devido à natureza obrigatória de 90% dos gastos do orçamento, que dependem de autorização do Congresso Nacional para serem cortados.
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