Nas ruas, população rechaça o foro privilegiado
Proposta de extinção do foro especial foi aprovada em primeiro turno no Senado
laizmartins1
Publicado em 26 de abril de 2017 às 16h35.
Última atualização em 27 de abril de 2017 às 16h40.
Depois de perguntar a opinião do eleitor sobre o voto em lista fechada, o Instituto Millenium voltou às ruas para saber o que o cidadão acha do foro privilegiado, mais um dos temas importantes ligados ao projeto de reforma política que tramita no Senado. Sob relatoria do senador Randolfe Rodrigues, o texto (PEC 10/2013) — aprovado nesta quarta-feira em primeiro turno por unanimidade no plenário do Senado —, pretende extinguir o foro especial por prerrogativa de função nos casos de crimes comuns; ou seja, todas as autoridades, excluindo os presidentes da República, da Câmara e do Senado; passam a responder a processos por crimes comuns na primeira instância da Justiça. Agora o projeto aguarda votação em segundo turno, por se tratar de um alteração na Constituição, e depois segue para votação em dois turnos na Câmara dos Deputados.
Nas ruas do Rio de Janeiro, as pessoas parecem concordar com a extinção do privilégio:
Para o advogado e economista João Accioly, a prerrogativa de foro é resquício de uma democracia em construção, quando ainda havia receio em torno de perseguições políticas à época da criação da Constituição. Accioly diz que, hoje em dia, o privilégio do foro agrada a parlamentares que enxergam o STF suscetível a pressões políticas e incapaz de julgar todos os processos, dando margem à prescrição dos crimes. O especialista acredita que é justamente esta incapacidade que deve ser o principal motivo para a extinção do privilégio na reforma política.
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Depois de perguntar a opinião do eleitor sobre o voto em lista fechada, o Instituto Millenium voltou às ruas para saber o que o cidadão acha do foro privilegiado, mais um dos temas importantes ligados ao projeto de reforma política que tramita no Senado. Sob relatoria do senador Randolfe Rodrigues, o texto (PEC 10/2013) — aprovado nesta quarta-feira em primeiro turno por unanimidade no plenário do Senado —, pretende extinguir o foro especial por prerrogativa de função nos casos de crimes comuns; ou seja, todas as autoridades, excluindo os presidentes da República, da Câmara e do Senado; passam a responder a processos por crimes comuns na primeira instância da Justiça. Agora o projeto aguarda votação em segundo turno, por se tratar de um alteração na Constituição, e depois segue para votação em dois turnos na Câmara dos Deputados.
Nas ruas do Rio de Janeiro, as pessoas parecem concordar com a extinção do privilégio:
Para o advogado e economista João Accioly, a prerrogativa de foro é resquício de uma democracia em construção, quando ainda havia receio em torno de perseguições políticas à época da criação da Constituição. Accioly diz que, hoje em dia, o privilégio do foro agrada a parlamentares que enxergam o STF suscetível a pressões políticas e incapaz de julgar todos os processos, dando margem à prescrição dos crimes. O especialista acredita que é justamente esta incapacidade que deve ser o principal motivo para a extinção do privilégio na reforma política.
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