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Momento para refletir

Por Vitor Wilher Acalmadas as manifestações Brasil afora, acredito que seja oportuno fazer uma reflexão sobre esses tempos conturbados. Os últimos cinco anos, a bem dizer, não foram fáceis para a economia brasileira. O sustar da bonança internacional, a partir da quebra do banco norte-americano Lehman Brothers, em setembro de 2008, eclodiu o pilar de nossa belle époque dos tempos contemporâneos. Diante da animosidade do mercado nos últimos meses, o […] Leia mais

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Instituto Millenium

Publicado em 21 de agosto de 2013 às, 13h41.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 08h53.

Vitor Wilher

Por Vitor Wilher

Acalmadas as manifestações Brasil afora, acredito que seja oportuno fazer uma reflexão sobre esses tempos conturbados. Os últimos cinco anos, a bem dizer, não foram fáceis para a economia brasileira. O sustar da bonança internacional, a partir da quebra do banco norte-americano Lehman Brothers, em setembro de 2008, eclodiu o pilar de nossa belle époque dos tempos contemporâneos. Diante da animosidade do mercado nos últimos meses, o que devemos e, o mais prudente, o que podemos esperar para o futuro próximo?

As perspectivas para a economia doméstica são ruins, leitor, não lhe engano. O crescimento de 2013 deve oscilar em torno de 2%, enquanto a inflação fica acima de 5,7% e o déficit em conta corrente deve beirar os US$ 80 bilhões. São tempos díspares daqueles que vivemos entre 2003 e 2007, quando a economia gozava de crescimento razoável (condizente com redução do desemprego), inflação convergindo para a meta e superávit (veja você!) em conta corrente.

Em tempos em que a mão de obra é vista como fator raro e difícil, já não há dúvidas sobre o que a política econômica deve focar: aumentar a produtividade da economia. Isto é, fazer reformas econômicas que redundem em elevação da competitividade das empresas. O diagnóstico nos últimos três anos tem sido outro: o problema nacional seria a demanda. Com o consumo crescendo mais do que a produção de bens e serviços, fica no mínimo difícil concordar com ele.

A bem da verdade, o governo às vezes mostra sinais de que sabe os nossos reais problemas. Ele flerta com alguma mudança no marco regulatório da infraestrutura, por exemplo, mas parece não ter foco. Deve ser mesmo difícil administrar 39 ministérios, com suas infinitas demandas e um orçamento limitado. Só para reuni-los na mesma mesa e fazer o que a teoria deles diz ser o correto já deve dar um baita trabalho, leitor amigo!

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