Millenium Explica: Por que precisamos de uma reforma administrativa?
"O gasto com pessoal já é a terceira maior despesa do Estado brasileiro hoje e, apesar disso, é feito de forma desigual"
institutomillenium
Publicado em 13 de agosto de 2020 às 16h00.
Última atualização em 14 de agosto de 2020 às 15h00.
Por que precisamos de uma reforma administrativa?
O Millenium Explica desta semana fala sobre a campanha Destrava! Uma iniciativa do Imil que busca conscientizar sobre a necessidade de se debater a reforma administrativa atualmente no Brasil. O cientista de dados Wagner Vargas, da consultoria ODX - responsável pela elaboração do estudo inédito sobre o tema, feito em parceria com o Millenium - esclareceu o por que dessa urgência.
Segundo o especialista, o Brasil desembolsou cerca de R$ 928 bilhões ao ano, 13,7% do PIB, com gasto com pessoal. Essa já é a terceira maior despesa do Estado brasileiro hoje e, apesar disso, ela é feita de forma desigual. “Faltam professores, médicos e uma série de outras carreiras na ponta. Por outro lado, temos funções intermediárias onde há um excesso de contingência, com salários iniciais muito altos. Se compararmos com a mesma função no setor privado, elas chegam a ser 70%, 80%, 90% maiores, inviabilizando o aumento de salários e a evolução de carreiras de professores, policiais etc”. Veja o vídeo abaixo!
Mas por que agora? O foco de uma reforma administrativa não seria retirar os direitos dos atuais servidores, mas pensar no futuro do país, para que os próximos profissionais ingressem em um sistema mais justo, transparente e igualitário. Acontece que, nos próximos anos, muitos funcionários federais vão se aposentar, formando uma janela de oportunidade para as alterações. Vargas reforça que o Coronavírus, com sua necessidade de aumento de gastos e a queda da arrecadação, contribuiu para elevar a urgência da reforma.
Leia mais
Campanha Destrava! Por uma reforma administrativa do bem
Assine a petição pela reforma administrativa!
“Essa campanha é um apelo a parlamentares, servidores e sociedade civil em geral. Esse é o momento de se debater uma reforma. O Estado brasileiro não tem condições de se sustentar. Ele já gasta mais do que arrecada e a população não tem capacidade de pagar mais impostos”, alerta.
+ Para Armínio Fraga, a entrega de melhores serviços públicos deve ser principal motivação
Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
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O Millenium Explica desta semana fala sobre a campanha Destrava! Uma iniciativa do Imil que busca conscientizar sobre a necessidade de se debater a reforma administrativa atualmente no Brasil. O cientista de dados Wagner Vargas, da consultoria ODX - responsável pela elaboração do estudo inédito sobre o tema, feito em parceria com o Millenium - esclareceu o por que dessa urgência.
Segundo o especialista, o Brasil desembolsou cerca de R$ 928 bilhões ao ano, 13,7% do PIB, com gasto com pessoal. Essa já é a terceira maior despesa do Estado brasileiro hoje e, apesar disso, ela é feita de forma desigual. “Faltam professores, médicos e uma série de outras carreiras na ponta. Por outro lado, temos funções intermediárias onde há um excesso de contingência, com salários iniciais muito altos. Se compararmos com a mesma função no setor privado, elas chegam a ser 70%, 80%, 90% maiores, inviabilizando o aumento de salários e a evolução de carreiras de professores, policiais etc”. Veja o vídeo abaixo!
Mas por que agora? O foco de uma reforma administrativa não seria retirar os direitos dos atuais servidores, mas pensar no futuro do país, para que os próximos profissionais ingressem em um sistema mais justo, transparente e igualitário. Acontece que, nos próximos anos, muitos funcionários federais vão se aposentar, formando uma janela de oportunidade para as alterações. Vargas reforça que o Coronavírus, com sua necessidade de aumento de gastos e a queda da arrecadação, contribuiu para elevar a urgência da reforma.
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“Essa campanha é um apelo a parlamentares, servidores e sociedade civil em geral. Esse é o momento de se debater uma reforma. O Estado brasileiro não tem condições de se sustentar. Ele já gasta mais do que arrecada e a população não tem capacidade de pagar mais impostos”, alerta.
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Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil