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Mercado de entretenimento é oportunidade para investidores

Felipe Continentino, sócio-fundador do Queremos!, fala sobre o modelo de negócios da plataforma que promove shows sob demanda do público

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Instituto Millenium

Publicado em 1 de novembro de 2017 às, 15h20.

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Diante da escassez de opções de shows internacionais de bandas alternativas no Rio de Janeiro, um grupo de amigos resolveu pensar em maneiras de trazer essas atrações para a cidade conforme o interesse dos fãs. Surgia assim, em 2010, o Queremos!, inicialmente idealizada como uma plataforma de crowdfunding em que o público poderia criar a demanda pelas apresentações de seus artistas preferidos através da compra de ingressos antecipados para viabilizar a realização dos eventos. Felipe Continentino, sócio-fundador do Queremos!, lembra que tudo começou com um projeto para trazer a banda sueca Miike Snow para tocar no Rio. O pedido vinha acompanhado de um manifesto intitulado “Cansamos de esperar”, que falava sobre o esvaziamento cultural da cidade e de como as pessoas poderiam agir para transformar esse cenário.

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De lá para cá, mudanças importantes ocorreram. Segundo Continentino, o modelo de financiamento coletivo foi se tornando saturado com o crescimento dos negócios ao longo dos últimos anos, o que levou o grupo a criar algo mais “escalável”, permitindo que artistas e produtores de shows também pudessem utilizar a plataforma e sua base de dados para tomar decisões de forma mais inteligente e, assim, organizar os eventos. O projeto foi se expandindo e hoje é responsável por shows em cidades como Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e São Paulo, além de mirar os Estados Unidos, o maior mercado de entretenimento do mundo. O Queremos! conta com um escritório na cidade de Nova York que tem o objetivo de firmar parcerias e atrair investidores. “Lá fora, existe uma cena de criação de empresas e propostas de novos modelos de negócios que enxergam na indústria do entretenimento uma oportunidade de investimento. O Brasil ainda foca muito na parte do agronegócio, dos bancos, no setor financeiro, então o mercado de entretenimento fica muito distante para os investidores”.