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Maurício Moura: "A honestidade passou a ser diferencial"

CEO do Ideia Big Data comenta pesquisa que aponta honestidade como prioridade para o eleitorado brasileiro em 2018

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Instituto Millenium

Publicado em 26 de janeiro de 2018 às, 10h15.

Última atualização em 26 de janeiro de 2018 às, 10h18.

Os brasileiros não acreditam em seus representantes no Congresso Nacional. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Ideia Big Data para o Brazil Institute do Wilson Center, nos EUA. Com o objetivo de avaliar a relação entre o poder Legislativo e o cidadão brasileiro, o levantamento revela que 72% do eleitorado tem a honestidade como referência na hora de votar em seus candidatos às vagas de deputado e senador. Deste percentual, 38% dos eleitores definiram que o requisito mais importante para o seu voto é a honestidade ou o fato do candidato não ser corrupto; 13% indicaram a transparência; 11% destacaram a importância do candidato não estar envolvido com as acusações da Operação Lava-Jato e, para 10%, o candidato deve ser novo ou fora da política.

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Em entrevista ao Instituto Millenium, o especialista e CEO da Ideia Big Data, Maurício Moura, analisa três argumentos importantes evidenciados pela pesquisa. Ouça abaixo!

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1) O peso da honestidade
Diferentemente da eleição de 2014, a honestidade deixou de ser apenas uma premissa e hoje ocupa uma posição importante para os eleitores, explica Moura: “A pesquisa destaca que a honestidade é muito mais importante do que a proposta, experiência, ou o fato do político estar preparado ou não”.

2) Congresso em baixa
A pesquisa revelou que 84% discordam da frase “o Congresso representa o povo brasileiro”. O CEO explica que esse é um fenômeno global, porém, no Brasil, este índice representa um nível muito alto de insatisfação dos brasileiros com a política.

3) A falta de memória
No Brasil, 79% dos eleitores não lembram em quem votaram nas últimas eleições, aponta o levantamento. Nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo, um grande percentual da população não sente a representação dos candidatos, mas lembra de seus escolhidos. Maurício aconselha: “Se o povo quiser sentir maior representatividade em 2019, deve analisar com mais critério e calma em quem votar como deputado”.