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Mais uma sentença de apedrejamento, desta vez no Paquistão

Enquanto o destino da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani permanece indefinido, um novo caso de sentença de morte por apedrejamento vem chamando a atenção das ONGs de direitos humanos do mundo. No Paquistão, um casal acusado de adultério foi julgado por um tribunal tribal e condenado à morte. Veja na matéria publicada no “O Estado de S. Paulo” de 19 de julho: “Acusado de adultério,casal foi sentenciado à morte por corte […] Leia mais

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Instituto Millenium

Publicado em 20 de julho de 2010 às, 01h02.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 11h34.

Enquanto o destino da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani permanece indefinido, um novo caso de sentença de morte por apedrejamento vem chamando a atenção das ONGs de direitos humanos do mundo. No Paquistão, um casal acusado de adultério foi julgado por um tribunal tribal e condenado à morte. Veja na matéria publicada no “O Estado de S. Paulo” de 19 de julho:

Acusado de adultério,casal foi sentenciado à morte por corte tribal; governo central diz ter revertido decisão

ISLAMABAD
Um casal acusado de adultério foi sentenciado à morte por apedrejamento, em Kala Dhaka, numa área remota da Província da Fronteira Noroeste, no Paquistão. A sentença foi ditada por uma corte tribal, a jirga, na vila de Manjakot, no mês passado. O homem envolvido, Zarkat Khan, fugiu, mas a mulher, cujo nome é mantido em sigilo a pedidos de grupos de defesa dos direitos humanos, corre grande perigo e está sob custódia da corte.
“Como sempre é a mulher que vai sofrer o peso desta barbaridade atroz, esta sentença injusta, desumana e anti-islâmica” declarou o Fórum de Ação Feminino, uma ONG paquistanesa.
Muitos moradores da região não acreditam que a sentença seja executada, mas Maroof Khan, que diz ter participado da jirga, afirma que o casal é culpado e tem de ser punido. Mas, segundo ele, serão fuzilados e não apedrejados. “Queimamos a casa dele, de acordo com nossa tradição. Eles são culpados, logo serão castigados. Dentro de nossos costumes, vamos fuzilá-los, ponto final.” Read more