Legados da Copa: agora é com o eleitor
Pois é, acabou. Um mês de (bom) futebol se foi. Como grande fã de copas do mundo, eu adorei assistir a grande parte dos jogos, com belos gols e incontáveis inovações táticas. A vitória da Alemanha coroou um longo trabalho de planejamento de sua federação, que após a derrota na Eurocopa de 2000 resolveu espalhar centros de treinamento de base pelo país. Ao que parece, deu certo. Seis dos jogadores […] Leia mais
Publicado em 14 de julho de 2014 às, 19h20.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 08h24.
Pois é, acabou. Um mês de (bom) futebol se foi. Como grande fã de copas do mundo, eu adorei assistir a grande parte dos jogos, com belos gols e incontáveis inovações táticas. A vitória da Alemanha coroou um longo trabalho de planejamento de sua federação, que após a derrota na Eurocopa de 2000 resolveu espalhar centros de treinamento de base pelo país. Ao que parece, deu certo. Seis dos jogadores presentes na final do Maracanã haviam sido campeões europeus “sub-21” anos antes. As lições da Copa para o Brasil, desse modo, se dão tanto dentro quanto fora de campo. Fica o questionamento: conseguiremos reaver os investimentos feitos na Copa? A bola agora está com o eleitor.
Na semana passada eu participei de uma discussão sobre os legados da Copa fora de campo, promovido pela fundação alemã Konrad Adenauer. O principal legado, citado pela maioria dos presentes, foi o impacto positivo sobre a imagem do Brasil no exterior. As expectativas antes do evento eram as piores possíveis, devidamente desmontadas logo no início. A sensação que fica, desse modo, é que o país não é tão ruim assim. Como podemos tirar proveito disso nos próximos anos?
O nosso país, infelizmente, é visto como um destino exótico. Recebemos cerca de seis milhões de turistas todos os anos – Paris, sozinha, recebe quase 10. A realização da Copa, bem como da Olimpíada em 2016, tem o poder de aumentar esse número ao longo da década. O que pode ter impactos positivos sobre o setor de serviços, responsável por cerca de 70% de nossa economia. Ou seja, não vai faltar demanda: será que estaremos prontos?