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Jornal americano chama Lula de "melhor amigo dos tiranos". Ou: cadê a coragem de multar eles, TSE?

Por Yashá Gallazzi Em momentos como este eu me regozijo. Uma das frases que digo reiteradamente neste blog é a seguinte: os americanos são melhores que nós. E melhores em tudo! E isso – claro! – provoca urticárias no nacionalismo-bocó e terceiro-mundista que caracteriza essepaiz. Mas eu dizia que me sinto feliz! Por quê? Bem, porque o texto de Jackson Diehl, publicado hoje (4 de agosto) no “Washington Post”, mostra […] Leia mais

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Instituto Millenium

Publicado em 4 de agosto de 2010 às, 18h05.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 11h30.

Por Yashá Gallazzi
Em momentos como este eu me regozijo. Uma das frases que digo reiteradamente neste blog é a seguinte: os americanos são melhores que nós. E melhores em tudo! E isso – claro! – provoca urticárias no nacionalismo-bocó e terceiro-mundista que caracteriza essepaiz.

Mas eu dizia que me sinto feliz! Por quê? Bem, porque o texto de Jackson Diehl, publicado hoje (4 de agosto) no “Washington Post”, mostra bem porque os Estados Unidos são a maior e mais duradoura democracia que o mundo já conheceu. Leiam o que vai abaixo, publicado na “Folha Online”:

O “melhor amigo dos tiranos no mundo democrático”. Assim foi definido o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em artigo do jornalista Jackson Diehl, subdiretor da seção de opinião do jornal americano “Washington Post”. (…)

Diehl diz que Lula “foi mais uma vez humilhado por um de seus clientes”, o líder iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, “patrocinador do terrorismo e que nega o Holocausto, a quem Lula publicamente abraçou –literalmente”. (…)

O líder iraniano “não é o único ditador a explorar o apoio incondicional de Lula”, continua Diehl em seu artigo. “Lula estava ocupando alisando Raul e Fidel Castro em Cuba em fevereiro passado, quando o regime anunciou que um dissidente preso, Orlando Zapata Tamayo, morreu em greve de fome”.

O articulista finaliza lembrando do boato de que Lula sonha em ser o próximo secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas). “Daí seu desejo de demonstrar que pode persuadir governantes como Ahmadinejad a dar ouvidos à razão. Só que –aparentemente, ele não pode”, escreveu Diehl.

Por que os Estados Unidos são melhores que nós? Simples: 1) Lá, a imprensa é livre para criticar políticos de qualquer lugar do mundo – inclusive o presidente de lá, Barack Obama; 2) Lá, o poder judiciário se ocupa de garantir a democracia e as liberdades individuais, inclusive a liberdade de expressão.

Isso quer dizer que nos EUA não vai aparecer um juiz mandando o Washington Post retirar do ar o artigo de Jackson Diehl, nem multar o jornalista. Lá, a liberdade de expressão é regra, não algo que esteja à mercê dos desejos totalitários de qualquer autoridade.

O Brasil deveria se mirar nos exemplos de liberdade que vêm da democracia mais sólida da história, não cuidar de destroçar, dia após dia, as garantias democráticas.

Publicado no blog “Construindo o Pensamento”