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Itamaraty formaliza oferta de asilo para condenada à morte

Agora é oficial (e não apenas uma declaração feita em palanque eleitoral): o embaixador brasileiro no Irã formalizou a oferta de asilo do Brasil à Sakineh Ashtiani. Estamos no aguardo por resultados positivos: “DE BRASÍLIA – O governo brasileiro formalizou ao Irã a oferta de asilo a Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada em 2006 a morrer apedrejada pelo crime de adultério. Segundo o Itamaraty, o embaixador do Brasil em Teerã, Antonio […] Leia mais

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Publicado em 10 de agosto de 2010 às, 14h12.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 11h27.

Agora é oficial (e não apenas uma declaração feita em palanque eleitoral): o embaixador brasileiro no Irã formalizou a oferta de asilo do Brasil à Sakineh Ashtiani. Estamos no aguardo por resultados positivos:

“DE BRASÍLIA – O governo brasileiro formalizou ao Irã a oferta de asilo a Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada em 2006 a morrer apedrejada pelo crime de adultério. Segundo o Itamaraty, o embaixador do Brasil em Teerã, Antonio Salgado, comunicou a chancelaria iraniana da declaração feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante comício em Curitiba, no dia 31 de julho.
Naquele dia, Lula disse que iria propor a Mahmoud Ahmadinejad que a condenação fosse suspensa e Sakineh, autorizada a vir para o Brasil. A oferta de Lula surgiu depois de ele ter sido criticado por dizer que apoiar a soltura de Sakineh seria uma “avacalhação”.
Não houve ainda resposta oficial à oferta, porém o porta-voz da chancelaria do Irã indicou que o asilo seria rejeitado ao afirmar que Lula falara com base em informações erradas.
O primeiro contato entre o governo brasileiro e a chancelaria do Irã para tratar de Sakineh aconteceu há cerca de um mês e foi feito pelo chanceler Celso Amorim.

MÉTODO
Na Noruega, Mohammad Javad Hosseini, chefe de informações da Embaixada do Irã em Oslo, disse ao site do jornal “Dagbladet” que a Justiça iraniana já estabeleceu que Sakineh não será morta por apedrejamento.
O caso da iraniana passa por uma revisão na Suprema Corte do país. Para organizações dos direitos humanos, o trâmite é uma estratégia para aliviar a pressão sobre o caso enquanto é adiada a decisão sobre o método a ser adotado -se apedrejamento ou enforcamento, que é mais comum.”

Fonte: Folha de S. Paulo