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Desde o segundo turno de 1989, o Rio de Janeiro segue votando no PT para a presidência, nunca para o governo. Este blógue defende agora que as pesquisas entre classes são besteira (pobre vota nesse partido, rico vota noutro, etc), pouco contribuem para entender o eleitor. O voto geográfico é muito mais importante do que por renda, a cultura política de cada município determina melhor as tendências do que a […] Leia mais

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2010 às 00h34.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 11h06.

Desde o segundo turno de 1989, o Rio de Janeiro segue votando no PT para a presidência, nunca para o governo.

Este blógue defende agora que as pesquisas entre classes são besteira (pobre vota nesse partido, rico vota noutro, etc), pouco contribuem para entender o eleitor. O voto geográfico é muito mais importante do que por renda, a cultura política de cada município determina melhor as tendências do que a economia. E isso se dá em todo lugar. Quando acompanhei as eleições na Inglaterra, distritos contíguos, sem grande diferença de renda, tornavam-se, pela história eleitoral, “currais” de partidos diferentes. Vejam, por outro lado, a importância dos swing states americanos. Acho que fazer estratégia para os pobres ou para a classe-média limita qualquer campanha, o importante é pegar região por região e entender a política que se faz ali e descobrir os fatores que mais pesam, caso a caso. Por que o maranhense vai de Sarney, que características são relevantes num político para esse povo?; por que o Brizola ainda faz herdeiros no Rio?; etc. Dizer, genericamente, o pobre é assim, o rico é assado, é risível. Se os pobres (trabalhadores, oprimidos, etc) fossem todos iguais, votariam igual. Mas nada é assim, o que se configura, na realidade, mais uma derrota do imaginário esquerdista sobre a suposta consciência do proletariado.

Publicado em “A Mosca Azul”

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Desde o segundo turno de 1989, o Rio de Janeiro segue votando no PT para a presidência, nunca para o governo.

Este blógue defende agora que as pesquisas entre classes são besteira (pobre vota nesse partido, rico vota noutro, etc), pouco contribuem para entender o eleitor. O voto geográfico é muito mais importante do que por renda, a cultura política de cada município determina melhor as tendências do que a economia. E isso se dá em todo lugar. Quando acompanhei as eleições na Inglaterra, distritos contíguos, sem grande diferença de renda, tornavam-se, pela história eleitoral, “currais” de partidos diferentes. Vejam, por outro lado, a importância dos swing states americanos. Acho que fazer estratégia para os pobres ou para a classe-média limita qualquer campanha, o importante é pegar região por região e entender a política que se faz ali e descobrir os fatores que mais pesam, caso a caso. Por que o maranhense vai de Sarney, que características são relevantes num político para esse povo?; por que o Brizola ainda faz herdeiros no Rio?; etc. Dizer, genericamente, o pobre é assim, o rico é assado, é risível. Se os pobres (trabalhadores, oprimidos, etc) fossem todos iguais, votariam igual. Mas nada é assim, o que se configura, na realidade, mais uma derrota do imaginário esquerdista sobre a suposta consciência do proletariado.

Publicado em “A Mosca Azul”

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