Gasto público brasileiro preocupa Davos
Embora o clima em Davos, onde a delegação brasileira apresenta amanhã, 28 de janeiro, o painel sobre a nova administração do país, seja “simpático”, críticas não foram poupadas ao gasto público do Brasil. A sessão sobre América Latina antecipou observações que o público de Davos deve a apresentar à comitiva brasileira. Diretor do Centro para o Desenvolvimento Internacional da Escola Kennedy de Harvard, Ricardo Hausmann, disse: “Minha preocupação sobre o Brasil […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2011 às 14h07.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 10h33.
Embora o clima em Davos, onde a delegação brasileira apresenta amanhã, 28 de janeiro, o painel sobre a nova administração do país, seja “simpático”, críticas não foram poupadas ao gasto público do Brasil.
A sessão sobre América Latina antecipou observações que o público de Davos deve a apresentar à comitiva brasileira. Diretor do Centro para o Desenvolvimento Internacional da Escola Kennedy de Harvard, Ricardo Hausmann, disse: “Minha preocupação sobre o Brasil é que a política fiscal é muito relaxada, o que leva a uma política monetária excessivamente dura”.
O jornal “A Folha de S. Paulo” traduziu: ”Como o governo gasta muito, é preciso manter os juros elevados para combater a inflação. Consequência: juros altos atraem capital, o que leva à apreciação da moeda e ao risco de desindustrialização. Nada que não se diga abundantemente no Brasil”.
Sobre o crescimento econômico brasileiro elogiado no Fórum, o jornal observou que a redução da desigualdade se deu apenas entre os salários, mas não no desnível principal, que é entre a renda do capital e a do trabalho.
Fonte: jornal “Folha de S. Paulo”
Embora o clima em Davos, onde a delegação brasileira apresenta amanhã, 28 de janeiro, o painel sobre a nova administração do país, seja “simpático”, críticas não foram poupadas ao gasto público do Brasil.
A sessão sobre América Latina antecipou observações que o público de Davos deve a apresentar à comitiva brasileira. Diretor do Centro para o Desenvolvimento Internacional da Escola Kennedy de Harvard, Ricardo Hausmann, disse: “Minha preocupação sobre o Brasil é que a política fiscal é muito relaxada, o que leva a uma política monetária excessivamente dura”.
O jornal “A Folha de S. Paulo” traduziu: ”Como o governo gasta muito, é preciso manter os juros elevados para combater a inflação. Consequência: juros altos atraem capital, o que leva à apreciação da moeda e ao risco de desindustrialização. Nada que não se diga abundantemente no Brasil”.
Sobre o crescimento econômico brasileiro elogiado no Fórum, o jornal observou que a redução da desigualdade se deu apenas entre os salários, mas não no desnível principal, que é entre a renda do capital e a do trabalho.
Fonte: jornal “Folha de S. Paulo”