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"Expressar sempre será a forma mais objetiva de liberdade"

Conheça o Giulia, app que traduz Libras para áudio e ajuda a resgatar cidadania dos surdos

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institutomillenium

Publicado em 8 de janeiro de 2018 às 12h41.

Tirar dúvidas no setor de Recursos Humanos de uma empresa ou perguntar sobre as formas de pagamento em uma loja são práticas banais em nosso dia a dia. Mas você já parou para refletir como estas pequenas ações afetam a vida dos mais de nove milhões de deficientes auditivos do país? Pensando nisso, o professor da Faculdade de Tecnologia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Manuel Cardoso, teve a iniciativa de mapear as dificuldades desta forma de comunicação e com uma equipe de engenheiros, designers e desenvolvedores, criou o aplicativo Giulia, plataforma responsável por tornar uma conversa entre surdos e ouvintes fácil e instantânea.

O app identifica os movimentos da Libras (Língua Brasileira de Sinais) e traduz para formato de áudio em português. Para que essa conversa seja possível, é necessário que um smartphone esteja preso ao pulso, através de uma braçadeira comum, de quem se comunica em Libras. O Giulia também faz o inverso, transformando áudio em linguagem de sinais ou texto. “A ideia é resgatar a comunicação em ambientes prioritários”, explica Cardoso, como delegacias, lojas e hospitais:

“Em geral, um surdo, quando sente necessidade de ir a um hospital ou clínica, ele precisa de um intérprete para poder expor o que está sentido, para que o médico possa fazer um diagnóstico correto. O fato é, no Brasil, não temos um número suficiente de intérpretes, e é um serviço caro. Nós compreendemos a dificuldade que os surdos têm no exercício de sua cidadania”.

Na conversa com o Instituto Millenium, Cardoso também traça um panorama das oportunidades do mercado de trabalho para deficientes auditivos e fala sobre novas parcerias. O Giulia é patrocinado pela Map Tecnology, empresa que presta consultoria em automação, onde Cardoso também é CEO, e busca auxílio de empresas interessadas nesta forma de inclusão: “A capacidade de se expressar é e sempre será a forma mais clara e objetiva da significância da palavra liberdade. O duro é quando a vida te impõe, e é aí onde a tecnologia pode fazer diferença”, conclui. Ouça e conheça mais o Projeto Giulia!

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Tirar dúvidas no setor de Recursos Humanos de uma empresa ou perguntar sobre as formas de pagamento em uma loja são práticas banais em nosso dia a dia. Mas você já parou para refletir como estas pequenas ações afetam a vida dos mais de nove milhões de deficientes auditivos do país? Pensando nisso, o professor da Faculdade de Tecnologia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Manuel Cardoso, teve a iniciativa de mapear as dificuldades desta forma de comunicação e com uma equipe de engenheiros, designers e desenvolvedores, criou o aplicativo Giulia, plataforma responsável por tornar uma conversa entre surdos e ouvintes fácil e instantânea.

O app identifica os movimentos da Libras (Língua Brasileira de Sinais) e traduz para formato de áudio em português. Para que essa conversa seja possível, é necessário que um smartphone esteja preso ao pulso, através de uma braçadeira comum, de quem se comunica em Libras. O Giulia também faz o inverso, transformando áudio em linguagem de sinais ou texto. “A ideia é resgatar a comunicação em ambientes prioritários”, explica Cardoso, como delegacias, lojas e hospitais:

“Em geral, um surdo, quando sente necessidade de ir a um hospital ou clínica, ele precisa de um intérprete para poder expor o que está sentido, para que o médico possa fazer um diagnóstico correto. O fato é, no Brasil, não temos um número suficiente de intérpretes, e é um serviço caro. Nós compreendemos a dificuldade que os surdos têm no exercício de sua cidadania”.

Na conversa com o Instituto Millenium, Cardoso também traça um panorama das oportunidades do mercado de trabalho para deficientes auditivos e fala sobre novas parcerias. O Giulia é patrocinado pela Map Tecnology, empresa que presta consultoria em automação, onde Cardoso também é CEO, e busca auxílio de empresas interessadas nesta forma de inclusão: “A capacidade de se expressar é e sempre será a forma mais clara e objetiva da significância da palavra liberdade. O duro é quando a vida te impõe, e é aí onde a tecnologia pode fazer diferença”, conclui. Ouça e conheça mais o Projeto Giulia!

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