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Ex-chanceler mexicano fala sobre as vitórias populistas na América Latina

Em artigo intitulado “A primavera dos radicais na América Latina”, o ex-chanceler mexicano Jorge Castañeda comenta o resultado das últimas eleições na região e arrisca um prognóstico sobre as relações do continente com o governo Obama. Sobre o Brasil, diz Castañeda: “Fator Dilma. A Alba pode substituir sua perda argentina por um ganho brasileiro, Dilma Rousseff, que assumirá a presidência do Brasil em breve, foi eleita na esteira do sucesso […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2010 às 11h47.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 10h50.

castaneda

Em artigo intitulado “A primavera dos radicais na América Latina”, o ex-chanceler mexicano Jorge Castañeda comenta o resultado das últimas eleições na região e arrisca um prognóstico sobre as relações do continente com o governo Obama. Sobre o Brasil, diz Castañeda:

“Fator Dilma. A Alba pode substituir sua perda argentina por um ganho brasileiro, Dilma Rousseff, que assumirá a presidência do Brasil em breve, foi eleita na esteira do sucesso de Luiz Inácio Lula da Silva e é amplamente vista como sua herdeira política. Sua vitória carrega um enorme impacto simbólico na condição de primeira mulher presidente do Brasil. Mas ela pode não se revelar tão moderada e moderna quanto Lula.

Ela vem de uma linhagem classicamente populista da política brasileira, uma seguidora de Leonel Brizola, o carismático governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, que foi um político muito mais estatista e nacionalista do que um líder sindical de esquerda como Lula. Dilma tampouco tem o mesmo controle que Lula sobre seu partido, o Partido dos Trabalhadores. Ela precisará que seu mentor cuide da legenda ou cederá às exigências de sua base partidária – o que Lula nunca fez.

A despeito de seu pendor para o exibicionismo, Lula é um pragmático. Será realmente surpreendente se Dilma não se mostrar mais ideológica, nacionalista e, talvez, populista em política econômica e externa. Isso também alterará o equilíbrio na América Latina.”

Leia na íntegra o artigo no “O Estado de S. Paulo”:
A primavera dos radicais na América Latina

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Em artigo intitulado “A primavera dos radicais na América Latina”, o ex-chanceler mexicano Jorge Castañeda comenta o resultado das últimas eleições na região e arrisca um prognóstico sobre as relações do continente com o governo Obama. Sobre o Brasil, diz Castañeda:

“Fator Dilma. A Alba pode substituir sua perda argentina por um ganho brasileiro, Dilma Rousseff, que assumirá a presidência do Brasil em breve, foi eleita na esteira do sucesso de Luiz Inácio Lula da Silva e é amplamente vista como sua herdeira política. Sua vitória carrega um enorme impacto simbólico na condição de primeira mulher presidente do Brasil. Mas ela pode não se revelar tão moderada e moderna quanto Lula.

Ela vem de uma linhagem classicamente populista da política brasileira, uma seguidora de Leonel Brizola, o carismático governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, que foi um político muito mais estatista e nacionalista do que um líder sindical de esquerda como Lula. Dilma tampouco tem o mesmo controle que Lula sobre seu partido, o Partido dos Trabalhadores. Ela precisará que seu mentor cuide da legenda ou cederá às exigências de sua base partidária – o que Lula nunca fez.

A despeito de seu pendor para o exibicionismo, Lula é um pragmático. Será realmente surpreendente se Dilma não se mostrar mais ideológica, nacionalista e, talvez, populista em política econômica e externa. Isso também alterará o equilíbrio na América Latina.”

Leia na íntegra o artigo no “O Estado de S. Paulo”:
A primavera dos radicais na América Latina

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