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Época comenta lançamento de obra sobre pensamento liberal e legado da Escola Austríaca

A revista “Época” destacou o lançamento do  livro brasileiro que analisa a Escola Autríaca, a sua importância para o pensamento liberal e o legado do seu principal expoente, o economista Ludwig Von Mises (1881-1973).  Para o jornalista José Fucs, “O poder da ideias: a vida, a obra e as lições de Ludwig Von Mises” (Instituto de Estudos Empresariais (IEE)/ Instituto Mises Brasil, 110 páginas)  é obra  “surpreendentemente didática” dos autores: o engenheiro […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2010 às 15h33.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 11h04.

A revista “Época” destacou o lançamento do  livro brasileiro que analisa a Escola Autríaca, a sua importância para o pensamento liberal e o legado do seu principal expoente, o economista Ludwig Von Mises (1881-1973).  Para o jornalista José Fucs, “O poder da ideias: a vida, a obra e as lições de Ludwig Von Mises” (Instituto de Estudos Empresariais (IEE)/ Instituto Mises Brasil, 110 páginas)  é obra  “surpreendentemente didática” dos autores: o engenheiro e administrador Hélio Beltrão, presidente do Instituto Mises Brasil,  o economista Rodrigo Constantino e o advogado Wagner Lenhart.

O lançamento da livro é oportuno “para refletir  sobre os problemas que a intervenção do Estado na economia traz para as finanças públicas, o equilíbrio do mercado e o bem-estar de longo prazo dos indivíduos”, afirma o repórter.

Leia abaixo o texto na íntegra

Livro fala sobre a Escola Austríaca, considerada a mais libertária de todo o pensamento econômico

José Fucs

Entre os grandes economistas da história, o austro-americano Ludwig Von Mises (1881-1973), um dos expoentes da Escola Austríaca, considerada a mais libertária de todo o pensamento econômico, é um dos menos conhecidos no Brasil. Agora, um novo livro – “O poder da ideias: a vida, a obra e as lições de Ludwig Von Mises” (110 páginas, R$ 30), editado pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE), em parceria com o Instituto Mises Brasil – deverá facilitar o acesso a seu legado.

Escrito em linguagem surpreendentemente didática pelo engenheiro e administrador Hélio Beltrão, presidente do Instituto Mises Brasil, pelo economista Rodrigo Constantino e pelo advogado Wagner Lenhart, o livro conta a história da Escola Austríaca e mostra a contribuição de Mises para seu desenvolvimento e para sua difusão no pós-guerra, principalmente nos Estados Unidos.

Fundada na segunda metade do século XIX pelo economista Carl Menger, a Escola Austríaca hoje guarda pouca ou nenhuma relação com a geografia. Assim como a Escola de Chicago, o templo do liberalismo que tinha na figura do Nobel de Economia de 1976, Milton Friedman, seu principal porta-voz, a Escola Austríaca defende o capitalismo de livre mercado como a melhor forma de promover o desenvolvimento. Mas vai além: é contra a existência do Banco Central e o monopólio de emissão de moeda, que considera um fator inflacionário e um convite à gastança pública. Ela também rejeita o ensino da economia por meio de experiências e observações do mundo real. A única lei verdadeira da economia, segundo seus seguidores, está baseada na lógica e parte do princípio de que todos sempre agem para melhorar a situação em que se encontram.

O livro inclui um resumo das obras de Mises, quase todas esgotadas no Brasil, das quais a mais importante foi Ação humana. Nela, ele defende a ideia de que são as escolhas individuais que determinam os fenômenos do mercado – a oferta, a procura, os preços, os padrões de produção e até os lucros e os prejuízos. Traz, ainda, um capítulo sobre a vida pessoal de Mises – de seu nascimento, numa família judaica na cidade de Lemberg (hoje parte da Ucrânia), no antigo império austro-húngaro, até sua morte em Nova York. Foi lá que ele viveu por 43 anos depois de emigrar para os EUA, em 1940, para fugir do nazismo. Por suas ideias liberais, Mises foi recusado para o posto de professor nas universidades da Califórnia e Berkeley. Para sobreviver, dava palestras. Também escreveu editoriais para o jornal The New York Times. Em 1945, passou a trabalhar como professor visitante da Universidade de Nova York, cargo que ocuparia por mais de duas décadas.

Hoje, com a ressurreição das ideias do economista britânico John Maynard Keynes (1883-1946), centradas na injeção de dinheiro público para estimular a economia em momentos de crise, o liberalismo radical de Mises pode parecer uma heresia. Mas é justamente por desafiar a visão predominante no mercado que o livro ganha força. Um mergulho no pensamento de Mises leva o leitor a fazer uma reflexão providencial sobre os problemas que a intervenção do Estado na economia traz para as finanças públicas, o equilíbrio do mercado e o bem-estar de longo prazo dos indivíduos.

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A revista “Época” destacou o lançamento do  livro brasileiro que analisa a Escola Autríaca, a sua importância para o pensamento liberal e o legado do seu principal expoente, o economista Ludwig Von Mises (1881-1973).  Para o jornalista José Fucs, “O poder da ideias: a vida, a obra e as lições de Ludwig Von Mises” (Instituto de Estudos Empresariais (IEE)/ Instituto Mises Brasil, 110 páginas)  é obra  “surpreendentemente didática” dos autores: o engenheiro e administrador Hélio Beltrão, presidente do Instituto Mises Brasil,  o economista Rodrigo Constantino e o advogado Wagner Lenhart.

O lançamento da livro é oportuno “para refletir  sobre os problemas que a intervenção do Estado na economia traz para as finanças públicas, o equilíbrio do mercado e o bem-estar de longo prazo dos indivíduos”, afirma o repórter.

Leia abaixo o texto na íntegra

Livro fala sobre a Escola Austríaca, considerada a mais libertária de todo o pensamento econômico

José Fucs

Entre os grandes economistas da história, o austro-americano Ludwig Von Mises (1881-1973), um dos expoentes da Escola Austríaca, considerada a mais libertária de todo o pensamento econômico, é um dos menos conhecidos no Brasil. Agora, um novo livro – “O poder da ideias: a vida, a obra e as lições de Ludwig Von Mises” (110 páginas, R$ 30), editado pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE), em parceria com o Instituto Mises Brasil – deverá facilitar o acesso a seu legado.

Escrito em linguagem surpreendentemente didática pelo engenheiro e administrador Hélio Beltrão, presidente do Instituto Mises Brasil, pelo economista Rodrigo Constantino e pelo advogado Wagner Lenhart, o livro conta a história da Escola Austríaca e mostra a contribuição de Mises para seu desenvolvimento e para sua difusão no pós-guerra, principalmente nos Estados Unidos.

Fundada na segunda metade do século XIX pelo economista Carl Menger, a Escola Austríaca hoje guarda pouca ou nenhuma relação com a geografia. Assim como a Escola de Chicago, o templo do liberalismo que tinha na figura do Nobel de Economia de 1976, Milton Friedman, seu principal porta-voz, a Escola Austríaca defende o capitalismo de livre mercado como a melhor forma de promover o desenvolvimento. Mas vai além: é contra a existência do Banco Central e o monopólio de emissão de moeda, que considera um fator inflacionário e um convite à gastança pública. Ela também rejeita o ensino da economia por meio de experiências e observações do mundo real. A única lei verdadeira da economia, segundo seus seguidores, está baseada na lógica e parte do princípio de que todos sempre agem para melhorar a situação em que se encontram.

O livro inclui um resumo das obras de Mises, quase todas esgotadas no Brasil, das quais a mais importante foi Ação humana. Nela, ele defende a ideia de que são as escolhas individuais que determinam os fenômenos do mercado – a oferta, a procura, os preços, os padrões de produção e até os lucros e os prejuízos. Traz, ainda, um capítulo sobre a vida pessoal de Mises – de seu nascimento, numa família judaica na cidade de Lemberg (hoje parte da Ucrânia), no antigo império austro-húngaro, até sua morte em Nova York. Foi lá que ele viveu por 43 anos depois de emigrar para os EUA, em 1940, para fugir do nazismo. Por suas ideias liberais, Mises foi recusado para o posto de professor nas universidades da Califórnia e Berkeley. Para sobreviver, dava palestras. Também escreveu editoriais para o jornal The New York Times. Em 1945, passou a trabalhar como professor visitante da Universidade de Nova York, cargo que ocuparia por mais de duas décadas.

Hoje, com a ressurreição das ideias do economista britânico John Maynard Keynes (1883-1946), centradas na injeção de dinheiro público para estimular a economia em momentos de crise, o liberalismo radical de Mises pode parecer uma heresia. Mas é justamente por desafiar a visão predominante no mercado que o livro ganha força. Um mergulho no pensamento de Mises leva o leitor a fazer uma reflexão providencial sobre os problemas que a intervenção do Estado na economia traz para as finanças públicas, o equilíbrio do mercado e o bem-estar de longo prazo dos indivíduos.

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