Entenda as mudanças no cenário econômico internacional
Em nova edição do Millenium Explica, Roberto Dumas analisa os impactos do Coronavírus na economia global e nas relações entre os países
Publicado em 29 de junho de 2020 às, 13h30.
Última atualização em 30 de junho de 2020 às, 14h44.
Em mais uma edição do Millenium Explica, desta vez em formato de podcast, o Mestre em Economia Roberto Dumas comenta quais foram as mudanças no cenário econômico internacional com a chegada do Coronavírus. Nesta primeira parte da entrevista, o especialista contextualiza a situação do Brasil antes da pandemia e analisa as relações comerciais entre os países. Ouça!
Segundo Dumas, o Brasil encontrava-se em um governo de transição nos anos 2017/2018, ainda sofrendo consequências das políticas erráticas de 2015 e 2016 e com os agentes econômicos postergando investimentos enquanto não havia um novo presidente. Com as novas eleições e a aprovação da reforma da Previdência, o país cresceu 1%. “Quando pensamos que iríamos decolar ao menos 2,5%, que o governo poderia fazer a reforma fiscal e os investidores começariam a investir, fomos atacados pela pandemia”, relembra.
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O surto da doença também trouxe consigo mudanças entre as relações econômicas dos países com o Brasil, principalmente, comerciais. Para o especialista, a China, por exemplo, mostrou-se ser nosso maior parceiro, dado que a União Europeia, Estados Unidos e Argentina entraram em recessão. E estes são os segundo, terceiro e quarto maiores compradores de exportação, respectivamente.
Por outro lado, temos toda a economia global em recessão, ou seja, com o PIB em território negativo durante dois meses.Segundo o Banco Mundial, o mundo poderia cair 5%; já a CDS afirmou que seria 6%, ou 7,6%, caso houvesse uma segunda onda da doença. Dumas explica que isso significaria voltar cinco ou seis anos, provavelmente, na economia. “O que prejudica o bem estar do trabalhador, pois se o PIB não cresce, a renda do país também não cresce, deixando aquela população mais pobre e fazendo o consumo cair”.