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E por falar em liberdade de expressão&

O Instituto Millenium promoveu, no Rio de Janeiro, o seminário “Liberdade em debate”, em que jornalistas, advogados, cientistas políticos e outros profissionais discutiram o papel da liberdade e, principalmente da informação, nos regimes democráticos atuais. O governo do presidente Lula flertou com o autoritarismo e com a censura da imprensa, mas e o governo Dilma? Qual é a qualidade da informação da comunicação do Estado marcado pelo silêncio, como analisaram […] Leia mais

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Instituto Millenium

Publicado em 17 de março de 2011 às, 20h26.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 12h32.

O Instituto Millenium promoveu, no Rio de Janeiro, o seminário “Liberdade em debate”, em que jornalistas, advogados, cientistas políticos e outros profissionais discutiram o papel da liberdade e, principalmente da informação, nos regimes democráticos atuais.

O governo do presidente Lula flertou com o autoritarismo e com a censura da imprensa, mas e o governo Dilma? Qual é a qualidade da informação da comunicação do Estado marcado pelo silêncio, como analisaram os jornalistas e articulistas do Instituto Millenium, Guilherme Fiúza e Merval Pereira?

Para outro especialista do Imil, o economista Sergio Vale, é difícil saber exatamente o que está acontecendo quando as mensagens emitidas não são claras e a comunicação fica diluída em várias versões. Leia o artigo “Rashomon”: “O governo tem se encastelado em seus primeiros meses de governo de tal forma que as mensagens que têm sido emitidas têm ficado longe da clareza. Poucas medidas concretas e relevantes anunciadas, muito anúncio de medidas que poderão acontecer, quase uma ameaça permanente em cima do mercado cambial. Num governo cuja liderança é notória centralizadora e organizadora, fica a dúvida sobre como anda a coordenação entre políticas no governo Dilma. Isto posto, concedi a liberdade poética de usar o filme clássico de 1950 de Akira Kurosawa, Rashomon, como metáfora do que parece ser o governo em seus primeiros meses. Na película japonesa, a mesma história de estupro e assassinato é contada em quatro versões diferentes e quem vê o filme não sabe no final qual é a verdadeira. O filme foi um marco na história do cinema não só pela técnica inovadora na fotografia, por exemplo, mas pelo ineditismo de narrar um relato com versões críveis do mesmo fato, sem nunca sabermos o que seria verdade de cada narrativa. O governo Dilma tem tido um quê de Rashomon. Cada agente tem sua versão do que tem sido a política econômica, cada uma é crível, mas ninguém sabe exatamente o que é verdade. Alguns analistas consideram que as medidas apresentadas na política fiscal e monetária são corretas e suficientes e não precisaremos mais de medidas adicionais. Outra parte do mercado, uma grande parte na verdade, desconfia da suficiência dessas medidas. O governo, da sua parte, se fecha em copas e conta sua história a conta gotas, com medidas esparsas.”