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Desindustrialização do Brasil preocupa

O artigo “A economia segundo Bresser-Pereira“, do articulista convidado Ricardo Galuppo, destacou a preocupação do ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira com a atual conjuntura da economia brasileira. Galuppo destacou “a prolongada valorização do real e a perda de competitividade da indústria” como fatores preocupantes. O jornalista comentou  a análise de Bresser-Pereira, ainda que discordando do economista quanto à criação de mais um imposto que contenha a entrada de dólares no país (sobre […] Leia mais

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Instituto Millenium

Publicado em 29 de fevereiro de 2012 às, 13h03.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 09h34.

O artigo “A economia segundo Bresser-Pereira“, do articulista convidado Ricardo Galuppo, destacou a preocupação do ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira com a atual conjuntura da economia brasileira. Galuppo destacou “a prolongada valorização do real e a perda de competitividade da indústria” como fatores preocupantes. O jornalista comentou  a análise de Bresser-Pereira, ainda que discordando do economista quanto à criação de mais um imposto que contenha a entrada de dólares no país (sobre a exportação de commodities).

O articulista apontou uma urgente necessidade de desenvolvimento industrial que consiga motivar a manufatura nacional sem colocar em risco a abertura do mercado para a importação. Segundo ele, a questão não é unicamente cambial: “a taxa de emprego continua sendo um pilar importante de ativação do mercado interno”.

O economista Raul Velloso, no artigo “O desafio é a competitividade“, aponta que a queda da industrialização do país acontece desde os anos 1980 por diversas razões, tais como: “baixa qualidade da educação, a rigidez da legislação trabalhista, a altíssima carga tributária — que esconde gastos públicos correntes muito elevados —, as elevadas taxas de juros, a cara e insuficiente infraestrutura, e o baixo desenvolvimento tecnológico”. Outros fatores, segundo o especialista, são a emergência da China como potência industrial e a posição do Brasil como seu maior supridor de bens primários.