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Davos: Petrobras e Capitalismo de Estado são tema de debate e alerta

Segundo matéria publicada no jornal “O Globo” desta sexta-feira, 27, a Petrobras foi citada ontem em um debate sobre a América Latina, em Davos, como exemplo de Capitalismo de Estado, uma fenômeno comum do mundo emergente, no qual o Estado assume o lugar de empresas privadas em determinados setores. Durante o debate alguns empresários alertaram sobre os perigos da expansão dessa prática. O empresário venezuelano Lorenzo Mendoza, das Empresas Polar, […] Leia mais

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2012 às 13h01.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h37.

Segundo matéria publicada no jornal “O Globo” desta sexta-feira, 27, a Petrobras foi citada ontem em um debate sobre a América Latina, em Davos, como exemplo de Capitalismo de Estado, uma fenômeno comum do mundo emergente, no qual o Estado assume o lugar de empresas privadas em determinados setores. Durante o debate alguns empresários alertaram sobre os perigos da expansão dessa prática.

O empresário venezuelano Lorenzo Mendoza, das Empresas Polar, argumentou: “Isso pode ter uma tremenda implicação política. (O poder que o Estado está adquirindo na economia) é extremamente preocupante e perigoso para as democracias. E já foi provada que a presença demasiada do Estado prejudica a inovação e traz problemas de transparência. Isso tem que ser discutido.”

O ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli reagiu: “Isso é um temor normal. O problema é que o uso dos recursos excedentes gerados na América Latina não foram reinvestidos no desenvolvimento e no crescimento”.

O especialista do Instituto Millenium, Rodrigo Constantino, ao participar do 2 º Fórum Democracia e Liberdade promovido pelo Imil em maio de 2011, fez duras críticas ao Capitalismo de Estado. Segundo o economista, “em um Estado que controla fábricas de papel, o jornalismo se vê refém do governo. Quando o estado controla o grosso da circulação do capital, ele detém toda a economia nas suas mãos.”

Na edição da semana passada, a revista britânica “The Economist” trouxe uma a nálise sobre o fenômeno do Capitalismo de Estado e pontuou suas implicações: “1) ao privilegiar um grupo de companhias, o Estado prejudica as outras; 2) companhias estatais usam seu capital de forma menos eficiente que as privadas; 3) companhias estatais têm menos capacidade de inovar; 4) os Estados podem manipular os mercados para ajudar suas empresas.”

A revista enfatizou o papel da China na propagação desse modelo, mas destacou sua presença nos países pertencentes ao BRICs e a África do Sul: “o governo, que abraçou a privatização nos anos 1990, está interferindo com empresas como a Vale e a Petrobras e insistindo para que companhias menores se fundam para formar campeões nacionais”.

Fonte: O Globo e revista Época

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Segundo matéria publicada no jornal “O Globo” desta sexta-feira, 27, a Petrobras foi citada ontem em um debate sobre a América Latina, em Davos, como exemplo de Capitalismo de Estado, uma fenômeno comum do mundo emergente, no qual o Estado assume o lugar de empresas privadas em determinados setores. Durante o debate alguns empresários alertaram sobre os perigos da expansão dessa prática.

O empresário venezuelano Lorenzo Mendoza, das Empresas Polar, argumentou: “Isso pode ter uma tremenda implicação política. (O poder que o Estado está adquirindo na economia) é extremamente preocupante e perigoso para as democracias. E já foi provada que a presença demasiada do Estado prejudica a inovação e traz problemas de transparência. Isso tem que ser discutido.”

O ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli reagiu: “Isso é um temor normal. O problema é que o uso dos recursos excedentes gerados na América Latina não foram reinvestidos no desenvolvimento e no crescimento”.

O especialista do Instituto Millenium, Rodrigo Constantino, ao participar do 2 º Fórum Democracia e Liberdade promovido pelo Imil em maio de 2011, fez duras críticas ao Capitalismo de Estado. Segundo o economista, “em um Estado que controla fábricas de papel, o jornalismo se vê refém do governo. Quando o estado controla o grosso da circulação do capital, ele detém toda a economia nas suas mãos.”

Na edição da semana passada, a revista britânica “The Economist” trouxe uma a nálise sobre o fenômeno do Capitalismo de Estado e pontuou suas implicações: “1) ao privilegiar um grupo de companhias, o Estado prejudica as outras; 2) companhias estatais usam seu capital de forma menos eficiente que as privadas; 3) companhias estatais têm menos capacidade de inovar; 4) os Estados podem manipular os mercados para ajudar suas empresas.”

A revista enfatizou o papel da China na propagação desse modelo, mas destacou sua presença nos países pertencentes ao BRICs e a África do Sul: “o governo, que abraçou a privatização nos anos 1990, está interferindo com empresas como a Vale e a Petrobras e insistindo para que companhias menores se fundam para formar campeões nacionais”.

Fonte: O Globo e revista Época

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