Cuba: a imprensa calada
No útlimo dia 14 de março enquanto a imprensa cubana festejava o seu dia e o diário da ilha, o Granma, se ocupava da sua auto-celebração, uma importante notícia para os cubanos era silenciada: no mesmo dia o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aboliu algumas medidas que antes restringiam a visita de cubanos-americanos à Cuba e também suavizou o limite imposto ao envio de remessas para seus parentes na […] Leia mais
Publicado em 2 de abril de 2009 às, 12h07.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 13h49.
No útlimo dia 14 de março enquanto a imprensa cubana festejava o seu dia e o diário da ilha, o Granma, se ocupava da sua auto-celebração, uma importante notícia para os cubanos era silenciada: no mesmo dia o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aboliu algumas medidas que antes restringiam a visita de cubanos-americanos à Cuba e também suavizou o limite imposto ao envio de remessas para seus parentes na Ilha.
Quem relata isto, indignada, é a cubana, Yoani Sánchez, filóloga de 32 anos que escreve que mantém o blog Generación Y, hospedado no portal “desdecuba.com”, onde fala do seu dia-a-dia em Havana:
“…a imprensa cubana apenas mencionou este passo positivo dado pelo inquilino da Casa Branca. O silêncio oficial foi a única resposta que recebeu a tão esperada e aplaudida medida. Ainda que todos na rua não falem de outra coisa e as mães se preparem para dar boas vindas aos filhos radicados no Norte, os meios oficiais o fazem com cautela. Os jornalistas andam absortos em outros temas: a colheita de batatas, o mundial de beisebol, a revolução bolivariana e – está claro – os festejos pelo dia da imprensa cubana.”
Post na íntegra, em espanhol aqui. O blog tem tradução para mais de 10 idiomas. O post em questão já ultrapassou 1280 comentários (até agora). Vale a pena conferir.