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Crise eleva a corrupção no mundo, segundo a Transparência Internacional

A crise financeira continua afetando a opinião das pessoas sobre corrupção. A afirmação é da presidente da entidade Transparência Internacional, Huguette Labelle, que lançou a edição 2010 do Barômetro Global da Corrupção. O documento destaca que 56% dos entrevistados consideram que este tipo de crime aumentou nos últimos três anos em seus respectivos países. A pesquisa registra as experiências e opiniões de mais de 91.500 pessoas em 86 países e […] Leia mais

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Instituto Millenium

Publicado em 17 de dezembro de 2010 às, 22h12.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 12h51.

A crise financeira continua afetando a opinião das pessoas sobre corrupção. A afirmação é da presidente da entidade Transparência Internacional, Huguette Labelle, que lançou a edição 2010 do Barômetro Global da Corrupção. O documento destaca que 56% dos entrevistados consideram que este tipo de crime aumentou nos últimos três anos em seus respectivos países.

A pesquisa registra as experiências e opiniões de mais de 91.500 pessoas em 86 países e territórios. Diferente do Índice de Percepção da Corrupção (veja o vídeo), o barômetro tem uma abordagem temática, não classificando os países em um ranking único. Na edição deste ano, o índice centra-se, entre outros assuntos, na percepção pública da transparência das instituições.

Os dados apontam que oito em cada dez entrevistados consideram os partidos políticos corruptos. Além disso, 29% afirmam já terem subornado a polícia, e 50% consideram inócuos os esforços de seus governos contra a corrupção.

Entre os países mais corruptos, a Transparência Internacional coloca o Afeganistão, Nigéria, Iraque e Índia, além da China e Rússia. A empresa privada, as organizações religiosas e os partidos são os setores mais corrompidos. O Brasil aparece entre os países mais afetados pela corrupção nos partidos políticos e no Congresso.

A Transparência Internacional disse esperar que os governos ao redor do mundo mostrem determinação em lutar pelo restabelecimento da boa governança e da confiança dos seus cidadãos nas instituições públicas.

Fontes: “El País” e site da Transparência Internacional