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Crescimento dos negócios sociais indica mudança de mentalidade

Ricardo Mastroti, sócio-fundador da Bemtevi, fala sobre a importância do modelo para a geração de impacto socioambiental

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Instituto Millenium

Publicado em 24 de outubro de 2017 às, 14h12.

Última atualização em 27 de outubro de 2017 às, 14h13.

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Profissionalismo na gestão empresarial e vontade de resolver problemas socioambientais. Foi com base nesses dois pilares, inspirados no modelo de negócios sociais proposto pelo economista bengali Muhammad Yunus, Nobel da Paz em 2006, que a Bemtevi oficialmente deu início às suas atividades, em 2015. A empresa de investimento social capta recursos de empreendedores que desejam investir em negócios sociais e busca os negócios sociais que precisam de capital, os quais passam por análises de um comitê para, em seguida, serem submetidos à avaliação de um conselho independente que examina os planos apresentados.

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O biólogo Ricardo Mastroti, sócio-fundador da Bemtevi, diz que os modelos de negócios sociais ainda são recentes no Brasil, mas que têm ganhado mais exposição na mídia nos últimos anos. Esse mercado, segundo ele, estaria situado no setor 2,5, entre o segundo setor (formado por empresas tradicionais) e o terceiro setor (composto por institutos, fundações, ONGs e Oscips). Para ele, o crescimento dos negócios sociais representa uma mudança de mentalidade, especialmente entre os mais jovens, cada vez mais engajados em causas sociais e em busca de um propósito em suas realizações: “A gente tá um pouco cansado de ver os nossos problemas sociais e em como a gente tem tido pouco sucesso na resolução desses problemas com os modelos que a gente tem hoje. Não basta mais enriquecer, acumular bens e capital, isso já não é a busca. Pode até ser isso, mas tem que ser no caminho para um mundo melhor.”

Mastroti explica ainda que um dos objetivos da Bemtevi é proporcionar aos investidores experiências que os façam vivenciar o impacto gerado, através de visitas aos negócios sociais e às pessoas que estão sendo beneficiadas pelos projetos que receberam seus recursos. Dentre as vantagens do modelo para os investidores, ele elege a transparência, empenho na gestão e a sustentabilidade como as principais delas. “A gente dá um ‘banho de loja’ no negócio social e devolve muito mais do que dinheiro’”. Ouça!