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Conselho Guardião aprova adiamento de eleições municipais locais

Antes das eleições fraudulentas do ano passado no Irã, os apologistas do regime faziam de tudo para dizer que o regime no Irã era popular, e que aqueles que se opunham a ele seriam apenas alguns expatriados exilados contrarrevolucionários descontentes. Depois dos protestos massivos resultantes da fraude eleitoral do ano passado, e graças à coragem e iniciativa dos jornalistas cidadãos do Irã, esta deixou de ser uma posição sustentável pelos […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2010 às 01h54.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 11h33.

Antes das eleições fraudulentas do ano passado no Irã, os apologistas do regime faziam de tudo para dizer que o regime no Irã era popular, e que aqueles que se opunham a ele seriam apenas alguns expatriados exilados contrarrevolucionários descontentes. Depois dos protestos massivos resultantes da fraude eleitoral do ano passado, e graças à coragem e iniciativa dos jornalistas cidadãos do Irã, esta deixou de ser uma posição sustentável pelos apologistas e “idiotas úteis”. O mundo viu claramente a extensão da oposição ao regime e a repressão brutal que se seguiu.

Daí, os “idiotas úteis” e apologistas, sabendo da tendência dos garotos ricos autofóbicos da esquerda europeia a simpatizar com as classes trabalhadoras, mesmo que a grande maioria deles não seja nem de longe parte desta classe, resolveram dizer que os protestos no Irã são egendrados por garotos ricos do norte de Teerã, e não apoiados pelos trabalhadores. Eles argumentam que Ahmadinejad era apoiado pelos pobres e pelas classes trabalhadoras e desfrutava de enorme apoio fora de Teerã e nas províncias e zonas rurais. Um argumento que agradou a alguns da esquerda europeia, que ficaram chocados com o quanto eles podem ter errado em sua visão de um regime popular no Irã.

Claro que sabemos como as manifestações eram enormes, e claro que sabemos que Teerã não tem tantos garotos ricos assim, e, na verdade, a maioria dos garotos ricos se manteve longe das manifestações, mas sem uma apuração independente, como se poderia argumentar contra estes absurdos?
Eu tentei discutir isto uma vez na Al-Jazeera, do melhor jeito que pude:


The video cannot be shown at the moment. Please try again later.

Mas, como sempre, é melhor esperar que o regime dê um tiro no próprio pé e forneça a evidência, mesmo que, infelizmente para a maioria da mídia ocidental, isto não tenha sido sensacional o bastante para ser notícia. As eleições municipais locais, que deveriam acontecer este ano, foram adiadas para acontecer junto com as próximas (s)ele(i)ções presidenciais, o que foi aprovado em 14 de julho pelo Conselho Guardião! Então, se Ahmadinejad tem tanto apoio nas províncias e áreas rurais, por que estas eleições foram adiadas? Certamente teria sido uma boa oportunidade para o regime mostrar sua popularidade e que pode sustentar este pleito sem muito alarde.

Adiar estas eleições é totalmente inconstitucional. Afinal, ao eleger seus representantes, você confia em que eles o representem por um período limitado, estipulado previamente. Então vamos esperar e ouvir que viés os “idiotas úteis” vão colocar nisto agora?

Publicado noblog de Potkin Azarmehr
Tradução: Anna Lim (annixvds@gmail.com)

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Antes das eleições fraudulentas do ano passado no Irã, os apologistas do regime faziam de tudo para dizer que o regime no Irã era popular, e que aqueles que se opunham a ele seriam apenas alguns expatriados exilados contrarrevolucionários descontentes. Depois dos protestos massivos resultantes da fraude eleitoral do ano passado, e graças à coragem e iniciativa dos jornalistas cidadãos do Irã, esta deixou de ser uma posição sustentável pelos apologistas e “idiotas úteis”. O mundo viu claramente a extensão da oposição ao regime e a repressão brutal que se seguiu.

Daí, os “idiotas úteis” e apologistas, sabendo da tendência dos garotos ricos autofóbicos da esquerda europeia a simpatizar com as classes trabalhadoras, mesmo que a grande maioria deles não seja nem de longe parte desta classe, resolveram dizer que os protestos no Irã são egendrados por garotos ricos do norte de Teerã, e não apoiados pelos trabalhadores. Eles argumentam que Ahmadinejad era apoiado pelos pobres e pelas classes trabalhadoras e desfrutava de enorme apoio fora de Teerã e nas províncias e zonas rurais. Um argumento que agradou a alguns da esquerda europeia, que ficaram chocados com o quanto eles podem ter errado em sua visão de um regime popular no Irã.

Claro que sabemos como as manifestações eram enormes, e claro que sabemos que Teerã não tem tantos garotos ricos assim, e, na verdade, a maioria dos garotos ricos se manteve longe das manifestações, mas sem uma apuração independente, como se poderia argumentar contra estes absurdos?
Eu tentei discutir isto uma vez na Al-Jazeera, do melhor jeito que pude:


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Mas, como sempre, é melhor esperar que o regime dê um tiro no próprio pé e forneça a evidência, mesmo que, infelizmente para a maioria da mídia ocidental, isto não tenha sido sensacional o bastante para ser notícia. As eleições municipais locais, que deveriam acontecer este ano, foram adiadas para acontecer junto com as próximas (s)ele(i)ções presidenciais, o que foi aprovado em 14 de julho pelo Conselho Guardião! Então, se Ahmadinejad tem tanto apoio nas províncias e áreas rurais, por que estas eleições foram adiadas? Certamente teria sido uma boa oportunidade para o regime mostrar sua popularidade e que pode sustentar este pleito sem muito alarde.

Adiar estas eleições é totalmente inconstitucional. Afinal, ao eleger seus representantes, você confia em que eles o representem por um período limitado, estipulado previamente. Então vamos esperar e ouvir que viés os “idiotas úteis” vão colocar nisto agora?

Publicado noblog de Potkin Azarmehr
Tradução: Anna Lim (annixvds@gmail.com)

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