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Comentário sobre "Onde está a oposição?"

Extremamente oportuno o artigo “Onde está a oposição?”, do professor Marco Antonio Villa. É verdade, não existe oposição, pois se existisse de fato, ela não deixaria passar em branco o fato de, por exemplo, com todo o grande apagão de mão de obra, da enorme escassez de trabalhadores qualificados, dos 6 milhões de trabalhadores que receberam seguro desemprego no ano passado, apenas 200 mil frequentaram cursos de qualificação. Ora, caros […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2010 às 19h31.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 11h27.

Extremamente oportuno o artigo “Onde está a oposição?”, do professor Marco Antonio Villa. É verdade, não existe oposição, pois se existisse de fato, ela não deixaria passar em branco o fato de, por exemplo, com todo o grande apagão de mão de obra, da enorme escassez de trabalhadores qualificados, dos 6 milhões de trabalhadores que receberam seguro desemprego no ano passado, apenas 200 mil frequentaram cursos de qualificação. Ora, caros amigos, tal dado é uma amostra eloquente da existência do mais nefasto dos “apagões”: trata-se da absolutamente ineficiente e perdulária gestão da coisa pública, uma vez que os recursos para pagamento do seguro desemprego são oriundos do FAT, que, por sua vez, tem como fonte de recursos especialmente o PIS e COFINS, tributos estes que acabam formando o preço final de bens e serviços que são ofertados na economia e, portanto, no final das contas são pagos pelos próprios trabalhadores! Quanto desperdício! Vale dizer que o gargalo da escassez de trabalhadores qualificados poderia ter sido evitado se o governo federal tivesse tido maior efetividade na construção e execução de políticas de capacitação e qualificação profissional lá atrás, em 2006, quando começou a retomada da economia, interrompida pela crise internacional e com nova retomada após a implementação da acertada política de desoneração de IPI, mesmo que contemplando apenas alguns setores. Daí, cabe a indagação: Onde está a eficiência executiva do governo federal que não percebeu a importância de, já naquele período (final de 2008 e início de 2009) – no qual houve uma forte queda do nível de emprego, especialmente na indústria, decorrente da crise internacional -, vincular o recebimento do seguro desemprego com a obrigação de frequência de cursos de qualificação e capacitação? E a oposição, porque não criticou com a veemência necessária tal falha de governança da coisa pública? E dê-lhe aumento das despesas correntes, que representavam 13,7% do PIB em 1991 (época das diabruras econômicas do Governo Collor) e hoje atingem 25,7% do PIB, com tendência a continuar subindo, tornando a máquina pública cada vez mais inchada, paquidérmica, autofágica, perdulária e ineficiente, pois além de gastar muito, o governo gasta muito mal, sem qualquer critério de qualificação da despesa pública. Ou seja, se a sociedade contribuinte do país – formada pelas famílias e empresas que invariavelmente pagam a conta através da pesadíssima carga tributária já acima da capacidade contributiva – não se der conta, teremos muito em breve um “leviatã tupiniquim” não somente ampliando a sua voracidade fiscal, mas, sobretudo, tomando-nos as propriedades, a liberdade e nossas próprias vidas. Revestidos sob o manto da pretensa promoção de uma sociedade mais justa e igualitária, os atuais mandatários do país permanecem aprisionados na escuridão da cegueira ideológica e não se deixam penetrar pela libertária luz da lógica. A história econômica da humanidade já deu provas cabais de que a riqueza de uma nação é construída através do capital educacional de seus residentes, da boa governança corporativa de suas empresas, do valor ético-institucional de sua classe política e do cumprimento das funções precípuas (educação, saúde, segurança e justiça) de um Estado descentralizador que produza, através de planejamento estratégico, ações governamentais eficientes e eficazes no sentido da mitigação das desigualdades de oportunidades, através da redução das desigualdades educacionais, único caminho capaz de reduzir as desigualdades de renda. Somente através de um povo melhor educado, mais qualificado e capacitado a encontrar um lugar ao sol no mercado de trabalho ou do empreendedorismo, alcançaremos a prosperidade econômica e o desenvolvimento humano.

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Extremamente oportuno o artigo “Onde está a oposição?”, do professor Marco Antonio Villa. É verdade, não existe oposição, pois se existisse de fato, ela não deixaria passar em branco o fato de, por exemplo, com todo o grande apagão de mão de obra, da enorme escassez de trabalhadores qualificados, dos 6 milhões de trabalhadores que receberam seguro desemprego no ano passado, apenas 200 mil frequentaram cursos de qualificação. Ora, caros amigos, tal dado é uma amostra eloquente da existência do mais nefasto dos “apagões”: trata-se da absolutamente ineficiente e perdulária gestão da coisa pública, uma vez que os recursos para pagamento do seguro desemprego são oriundos do FAT, que, por sua vez, tem como fonte de recursos especialmente o PIS e COFINS, tributos estes que acabam formando o preço final de bens e serviços que são ofertados na economia e, portanto, no final das contas são pagos pelos próprios trabalhadores! Quanto desperdício! Vale dizer que o gargalo da escassez de trabalhadores qualificados poderia ter sido evitado se o governo federal tivesse tido maior efetividade na construção e execução de políticas de capacitação e qualificação profissional lá atrás, em 2006, quando começou a retomada da economia, interrompida pela crise internacional e com nova retomada após a implementação da acertada política de desoneração de IPI, mesmo que contemplando apenas alguns setores. Daí, cabe a indagação: Onde está a eficiência executiva do governo federal que não percebeu a importância de, já naquele período (final de 2008 e início de 2009) – no qual houve uma forte queda do nível de emprego, especialmente na indústria, decorrente da crise internacional -, vincular o recebimento do seguro desemprego com a obrigação de frequência de cursos de qualificação e capacitação? E a oposição, porque não criticou com a veemência necessária tal falha de governança da coisa pública? E dê-lhe aumento das despesas correntes, que representavam 13,7% do PIB em 1991 (época das diabruras econômicas do Governo Collor) e hoje atingem 25,7% do PIB, com tendência a continuar subindo, tornando a máquina pública cada vez mais inchada, paquidérmica, autofágica, perdulária e ineficiente, pois além de gastar muito, o governo gasta muito mal, sem qualquer critério de qualificação da despesa pública. Ou seja, se a sociedade contribuinte do país – formada pelas famílias e empresas que invariavelmente pagam a conta através da pesadíssima carga tributária já acima da capacidade contributiva – não se der conta, teremos muito em breve um “leviatã tupiniquim” não somente ampliando a sua voracidade fiscal, mas, sobretudo, tomando-nos as propriedades, a liberdade e nossas próprias vidas. Revestidos sob o manto da pretensa promoção de uma sociedade mais justa e igualitária, os atuais mandatários do país permanecem aprisionados na escuridão da cegueira ideológica e não se deixam penetrar pela libertária luz da lógica. A história econômica da humanidade já deu provas cabais de que a riqueza de uma nação é construída através do capital educacional de seus residentes, da boa governança corporativa de suas empresas, do valor ético-institucional de sua classe política e do cumprimento das funções precípuas (educação, saúde, segurança e justiça) de um Estado descentralizador que produza, através de planejamento estratégico, ações governamentais eficientes e eficazes no sentido da mitigação das desigualdades de oportunidades, através da redução das desigualdades educacionais, único caminho capaz de reduzir as desigualdades de renda. Somente através de um povo melhor educado, mais qualificado e capacitado a encontrar um lugar ao sol no mercado de trabalho ou do empreendedorismo, alcançaremos a prosperidade econômica e o desenvolvimento humano.

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