Exame Logo

Clássico da literatura norte-americana é censurado nos EUA

O clássico romance do escritor americano Mark Twain, “As aventuras de Huckleberry Finn”, publicado originalmente em 1884 e considerado uma das obras fundadoras da literatura americana, vai sair em nova edição nos EUA com todas ocorrências do termo “nigger” substituídas. A expressão é uma qualificação racial agressiva e será substituída na nova edição pelo mais objetivo “slave”, “escravo”.  A decisão tomada pela editora NewSouth é uma forma de fazer com […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2011 às 19h14.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 10h37.

O clássico romance do escritor americano Mark Twain, “As aventuras de Huckleberry Finn”, publicado originalmente em 1884 e considerado uma das obras fundadoras da literatura americana, vai sair em nova edição nos EUA com todas ocorrências do termo “nigger” substituídas. A expressão é uma qualificação racial agressiva e será substituída na nova edição pelo mais objetivo “slave”, “escravo”.

A decisão tomada pela editora NewSouth é uma forma de fazer com que o livro volte a circular nas escolas, pois o texto tem sido excluído por conta das expressões consideradas racistas. Para Sarah Churchwell, professora da Universidade de East Anglia, a substituição do termo “nigger” compromete o sentido do livro: “O ponto do livro é que Huckeberry Finn começa racista numa sociedade racista, e deixa de ser racista e abandona aquela sociedade. Essas mudanças (na edição) significam que o livro deixará de mostrar o desenvolvimento moral do personagem.”

O caso lembra a discussão em torno de um parecer do Conselho Nacional de Educação, aprovado em setembro do ano passado, que considerou haver passagens de conotação racista em “Caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato. O órgão brasileiro recomendou que se livros adotados pela rede pública contivessem “preconceitos e estereótipos” eles deveriam vir acompanhados de notas explicativas discutindo criticamente a presença de estereótipos raciais em obras literárias.

Fonte: jornal ” O Globo”

No site do Instituto Millenium, leia a entrevista com o diretor do instituto de cultura e cidadania A Voz do cidadão, Jorge Maranhão, sobre o caso de  censura ao livro de Monteiro Lobato no Brasil.

Veja também

O clássico romance do escritor americano Mark Twain, “As aventuras de Huckleberry Finn”, publicado originalmente em 1884 e considerado uma das obras fundadoras da literatura americana, vai sair em nova edição nos EUA com todas ocorrências do termo “nigger” substituídas. A expressão é uma qualificação racial agressiva e será substituída na nova edição pelo mais objetivo “slave”, “escravo”.

A decisão tomada pela editora NewSouth é uma forma de fazer com que o livro volte a circular nas escolas, pois o texto tem sido excluído por conta das expressões consideradas racistas. Para Sarah Churchwell, professora da Universidade de East Anglia, a substituição do termo “nigger” compromete o sentido do livro: “O ponto do livro é que Huckeberry Finn começa racista numa sociedade racista, e deixa de ser racista e abandona aquela sociedade. Essas mudanças (na edição) significam que o livro deixará de mostrar o desenvolvimento moral do personagem.”

O caso lembra a discussão em torno de um parecer do Conselho Nacional de Educação, aprovado em setembro do ano passado, que considerou haver passagens de conotação racista em “Caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato. O órgão brasileiro recomendou que se livros adotados pela rede pública contivessem “preconceitos e estereótipos” eles deveriam vir acompanhados de notas explicativas discutindo criticamente a presença de estereótipos raciais em obras literárias.

Fonte: jornal ” O Globo”

No site do Instituto Millenium, leia a entrevista com o diretor do instituto de cultura e cidadania A Voz do cidadão, Jorge Maranhão, sobre o caso de  censura ao livro de Monteiro Lobato no Brasil.

Acompanhe tudo sobre:CensuraLiteraturaRacismo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se