China persuade 19 países a boicotar cerimônia do Nobel da Paz
A principal ausência na cerimônia de entrega do prêmio Nobel da Paz, que acontecerá em Oslo nesta sexta-feira, 10 de dezembro, será a do próprio homenageado, Liu Xiaobo. O dissidente chinês continua preso por “incitar a subversão ao poder do Estado”. É bem provável que nem a mulher de Liu possa representá-lo na cerimônia, pois encontra-se em prisão domiciliar desde que o Nobel foi anunciado, em outubro deste ano. A […] Leia mais
Publicado em 8 de dezembro de 2010 às, 23h24.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 10h42.
A principal ausência na cerimônia de entrega do prêmio Nobel da Paz, que acontecerá em Oslo nesta sexta-feira, 10 de dezembro, será a do próprio homenageado, Liu Xiaobo. O dissidente chinês continua preso por “incitar a subversão ao poder do Estado”. É bem provável que nem a mulher de Liu possa representá-lo na cerimônia, pois encontra-se em prisão domiciliar desde que o Nobel foi anunciado, em outubro deste ano.
A China desencadeou uma campanha sem precedentes junto às embaixadas europeias pedindo o boicote à cerimônia., numa espécie de teste para determinar quem é “amigo” ou “inimigo”.
Segundo o “Los Angeles Times”, o governo chinês criou uma saia justa para as nações dependentes do comércio com a China, incentivando os diplomatas a ficarem longe de Oslo e perguntando se eles desejam desafiar o sistema judicial da China ou desenvolver relações de amizade com o país. A pressão chinesa fez com que o número de rejeições ao evento triplicasse.
Os 19 países que acataram o boicote são: China, Rússia, Cazaquistão, Colômbia, Tunísia, Arábia Saudita, Paquistão, Sérvia, Iraque, Irã, Vietnã, Afeganistão, Venezuela, Filipinas, Egito, Sudão, Ucrânia, Cuba e Marrocos.