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Brasil recua para 58º em ranking de competitividade

Matéria publicada na “Folha de S. Paulo” comenta o último relatório de competitividade global do Fórum Econômico Mundial, divulgado em 08 de setembro, que mostra que o Brasil é o pior em tributação e regulação, apesar dos avanços em desenvolvimento do mercado financeiro: “O último relatório de competitividade global do Fórum Econômico Mundial, divulgado ontem, revelou dois “Brasis” diferentes. Um tem feito progressos significativos em áreas como sofisticação do mundo […] Leia mais

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2010 às 18h23.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 11h17.

Matéria publicada na “Folha de S. Paulo” comenta o último relatório de competitividade global do Fórum Econômico Mundial, divulgado em 08 de setembro, que mostra que o Brasil é o pior em tributação e regulação, apesar dos avanços em desenvolvimento do mercado financeiro:

“O último relatório de competitividade global do Fórum Econômico Mundial, divulgado ontem, revelou dois “Brasis” diferentes.

Um tem feito progressos significativos em áreas como sofisticação do mundo empresarial, desenvolvimento do mercado financeiro e ambiente macroeconômico.

O outro é, entre as 139 nações analisadas, o pior classificado nos quesitos impacto da tributação e peso da regulamentação governamental. Tem instituições fracas, um dos piores ensinos primários do mundo, mercado de trabalho rígido e ainda sofre com a incidência da malária.

Em 2010, a trajetória dos pontos fracos pesou um pouco mais que a dos positivos, fazendo o país perder duas posições e ir para o 58º lugar no ranking, que mede a capacidade de as economias atingirem crescimento sustentado e prosperidade.

PIORA

Análise mais detalhada mostra que o Brasil registrou piora na sua colocação em 64% dos mais de cem indicadores (agrupados em 12 categorias) acompanhados pelo fórum entre 2009 e 2010. Teve melhora relativa em cerca de 27% dos indicadores e ficou estável em quase 9%.

“O Brasil melhorou muito nos últimos anos em termos de estabilidade macroeconômica e abertura de mercados, fez avanços em educação”, disse Irene Mia, uma das coordenadoras do relatório.

Mas, segundo Mia, as fraquezas estruturais que o Brasil ainda exibe “limitam a capacidade do país de crescer mais rapidamente e de forma mais sustentada”.

Entre as barreiras, ela cita o regime tributário, as dificuldades para contratar e demitir funcionários, e a qualidade ainda baixa das instituições e do ensino primário.

O último relatório de competitividade ressalta que o Brasil havia avançado 16 posições entre 2007 e 2009.

Mas uma análise desde 2005 (quando ocorreram mudanças metodológicas importantes) mostra que o progresso em anos recentes refletiu, em grande parte, recuperação em relação a pioras entre 2006 e 2007.

A Folha fez uma análise do relatório de 2010 usando a mesma base de países existente em 2005. No período, o país avançou três posições.

O resultado é melhor que o de emergentes como Argentina, México, Índia e Rússia, que perderam lugares no ranking desde então. Mas fica aquém dos progressos de Indonésia, China, Vietnã e Turquia, que avançaram, respectivamente, 29, 21, 19 e 14 posições no período.

Entre 2009 e 2010, o Brasil fez avanços relativos em categorias como sofisticação do ambiente de negócios, infraestrutura e desenvolvimento do mercado financeiro. Mas regrediu, em termos comparativos, na maioria dos aspectos ligados a instituições, eficiência do mercado de trabalho e de bens, saúde e educação.”

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Matéria publicada na “Folha de S. Paulo” comenta o último relatório de competitividade global do Fórum Econômico Mundial, divulgado em 08 de setembro, que mostra que o Brasil é o pior em tributação e regulação, apesar dos avanços em desenvolvimento do mercado financeiro:

“O último relatório de competitividade global do Fórum Econômico Mundial, divulgado ontem, revelou dois “Brasis” diferentes.

Um tem feito progressos significativos em áreas como sofisticação do mundo empresarial, desenvolvimento do mercado financeiro e ambiente macroeconômico.

O outro é, entre as 139 nações analisadas, o pior classificado nos quesitos impacto da tributação e peso da regulamentação governamental. Tem instituições fracas, um dos piores ensinos primários do mundo, mercado de trabalho rígido e ainda sofre com a incidência da malária.

Em 2010, a trajetória dos pontos fracos pesou um pouco mais que a dos positivos, fazendo o país perder duas posições e ir para o 58º lugar no ranking, que mede a capacidade de as economias atingirem crescimento sustentado e prosperidade.

PIORA

Análise mais detalhada mostra que o Brasil registrou piora na sua colocação em 64% dos mais de cem indicadores (agrupados em 12 categorias) acompanhados pelo fórum entre 2009 e 2010. Teve melhora relativa em cerca de 27% dos indicadores e ficou estável em quase 9%.

“O Brasil melhorou muito nos últimos anos em termos de estabilidade macroeconômica e abertura de mercados, fez avanços em educação”, disse Irene Mia, uma das coordenadoras do relatório.

Mas, segundo Mia, as fraquezas estruturais que o Brasil ainda exibe “limitam a capacidade do país de crescer mais rapidamente e de forma mais sustentada”.

Entre as barreiras, ela cita o regime tributário, as dificuldades para contratar e demitir funcionários, e a qualidade ainda baixa das instituições e do ensino primário.

O último relatório de competitividade ressalta que o Brasil havia avançado 16 posições entre 2007 e 2009.

Mas uma análise desde 2005 (quando ocorreram mudanças metodológicas importantes) mostra que o progresso em anos recentes refletiu, em grande parte, recuperação em relação a pioras entre 2006 e 2007.

A Folha fez uma análise do relatório de 2010 usando a mesma base de países existente em 2005. No período, o país avançou três posições.

O resultado é melhor que o de emergentes como Argentina, México, Índia e Rússia, que perderam lugares no ranking desde então. Mas fica aquém dos progressos de Indonésia, China, Vietnã e Turquia, que avançaram, respectivamente, 29, 21, 19 e 14 posições no período.

Entre 2009 e 2010, o Brasil fez avanços relativos em categorias como sofisticação do ambiente de negócios, infraestrutura e desenvolvimento do mercado financeiro. Mas regrediu, em termos comparativos, na maioria dos aspectos ligados a instituições, eficiência do mercado de trabalho e de bens, saúde e educação.”

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