Bitcoin bate nova máxima e se torna o 8º maior ativo do mundo
Moeda digital ultrapassou Prata. Afinal, o que vem agora?
Colunista - Instituto Millenium
Publicado em 14 de março de 2024 às 17h15.
Presenciamos acontecimentos notáveis, em especial no que tange a adoção de novas tecnologias. A velocidade das mudanças causa vertigem, e é difícil vislumbrar a profundidade das transformações que serão causadas pelas inteligências artificiais como o ChatGPT da OpenAI, e avanços em diversas áreas da ciências biológicas e de materiais. Contudo uma transformação no cerne da economia mundial voltou a ganhar relevância nos últimos meses: são avanços na legitimação e adoção das criptomoedas pelos mais diversos perfis de investidores. Recentemente as criptomoedas voltaram a ganhar lugar de destaque - em especial o Bitcoin -, e vem acumulando vitórias e avanços regulatórios significativos, em especial produtos financeiros que são cada vez mais baseados em confiança matemática, removendo o componente humano de acordos comerciais e contratos em geral.
Um desses eventos foi o lançamento dos ETFs de Bitcoin spot nos EUA (instrumentos financeiros que permitem investir em Bitcoin através de mercados de ações tradicionais, dispensando a compra direta da criptomoeda), evento amplamente noticiado e que foi antecipado nesta coluna. O IBIT, ETF da BlackRock, atraiu mais de 10 bilhões de dólares em período recorde. Esse marco não só reforça a confiança das instituições nas criptomoedas, mas também consolida a posição do Bitcoin como um ativo de grande interesse no cenário financeiro mundial, na esteira da digitalização do dinheiro. Com sua reputação e influência, a BlackRock e diversas outras gestoras que disponibilizaram em suas prateleiras de produtos financeiros ETFs validam o Bitcoin não somente como um investimento atraente, mas sobretudo em igualdade de condições com centenas de outros produtos financeiros disponíveis para o investidor em geral.
Com a entrada de novos investidores no mercado, a capitalização total do Bitcoin ultrapassou a da prata. Isso não apenas posiciona o Bitcoin como a segunda commodity mais valiosa do mundo em termos de capitalização de mercado, atrás somente do ouro, mas também muda a percepção tradicional sobre valor e segurança. Com um valor de mercado superior a US$ 1,42 trilhão, o Bitcoin só fica atrás do ouro e das ações de empresas como Microsoft, Apple, Nvidia, Saudi Aramco, Amazon e Google. Desafiando concepções antiquadas de ativos seguros, o Bitcoin propõe um futuro em que o digital supera o físico em praticidade, segurança e facilidade de transações.
Do outro lado do Atlântico, avanços regulatórios também estão acontecendo. A autoridade reguladora britânica, Financial Conduct Authority (FCA), recentemente aprovou ETNs (Exchange-Traded Notes) de criptomoedas para investidores institucionais, destacando a crescente aceitação e legitimidade das criptomoedas como classe de ativo.Esta medida não só facilita a entrada de capital institucional no universo cripto no velho mundo, mas também estabelece um precedente para que outras jurisdições adotem posturas semelhantes.
Uma outra constante nas conversas sobre criptoativos é um pequeno país, El Salvador, o primeiro a adotar o Bitcoin como moeda legal, e que serve de exemplo sobre os potenciais benefícios econômicos diretos e indiretos da adotação das criptomoedas. Além da valorização significativa de seu tesouro em Bitcoin*, o país colhe frutos ao apostar no fortalecimento de um ecossistema local de serviços associados ao mercado de criptoativos, como a facilitação da emissão de passaportes para atrair investidores, incentivos fiscais para empresas de tecnologia, serviços de conversão de cripto para dólares, mineração estatal de Bitcoin, entre outras - demonstrando uma ampla e inovadora estratégia nacional que utiliza a tecnologia blockchain para promover o crescimento econômico e a soberania financeira.
A tendência é a aceleração da digitalização financeira, com a disseminação dos CBDCs a caminho e a regulamentação e adoção global das criptomoedas ganhando tração em diversas partes do mundo. Instituições supranacionais como o FMI e Banco Mundial bem como as agências de classificação de risco, como a Moody's e S&P, encontram-se diante do desafio de quantificar e mensurar os efeitos econômicos de países como El Salvador, que, nesse momento, colhe benefícios de apostar na consolidação dos criptoativos, melhorando seus indicadores econômicos e de solvência em contraste com o cenário de inflação global persistente e dinâmica de endividamento crescente na grande maioria das economias.
Estamos testemunhando eventos chave que sinalizam a recuperação da valorização das criptomoedas e o renovado interesse por tecnologias descentralizadas. O sucesso do IBIT da BlackRock, juntamente com uma variedade de produtos regulados globais de gestoras internacionais e brasileiras, a valorização do Bitcoin ultrapassando a prata, avanços regulatórios significativos, e o exemplo prático de El Salvador, são provas robustas da mudança de paradigma em andamento. Conforme exploramos este novo território, o mundo fica de olho nos próximos desenvolvimentos desta indústria, que já provocou grandes alterações no cenário financeiro internacional.
* Desde 2021, El Salvador tem comprado Bitcoin de forma agressiva, adquirindo um total de 2.861 BTC a um preço médio de US$ 42.599 cada. Em suma, o ativo agora vale mais de US$ 206 milhões, refletindo um aumento significativo de 69,09% no valor do portfólio.
Presenciamos acontecimentos notáveis, em especial no que tange a adoção de novas tecnologias. A velocidade das mudanças causa vertigem, e é difícil vislumbrar a profundidade das transformações que serão causadas pelas inteligências artificiais como o ChatGPT da OpenAI, e avanços em diversas áreas da ciências biológicas e de materiais. Contudo uma transformação no cerne da economia mundial voltou a ganhar relevância nos últimos meses: são avanços na legitimação e adoção das criptomoedas pelos mais diversos perfis de investidores. Recentemente as criptomoedas voltaram a ganhar lugar de destaque - em especial o Bitcoin -, e vem acumulando vitórias e avanços regulatórios significativos, em especial produtos financeiros que são cada vez mais baseados em confiança matemática, removendo o componente humano de acordos comerciais e contratos em geral.
Um desses eventos foi o lançamento dos ETFs de Bitcoin spot nos EUA (instrumentos financeiros que permitem investir em Bitcoin através de mercados de ações tradicionais, dispensando a compra direta da criptomoeda), evento amplamente noticiado e que foi antecipado nesta coluna. O IBIT, ETF da BlackRock, atraiu mais de 10 bilhões de dólares em período recorde. Esse marco não só reforça a confiança das instituições nas criptomoedas, mas também consolida a posição do Bitcoin como um ativo de grande interesse no cenário financeiro mundial, na esteira da digitalização do dinheiro. Com sua reputação e influência, a BlackRock e diversas outras gestoras que disponibilizaram em suas prateleiras de produtos financeiros ETFs validam o Bitcoin não somente como um investimento atraente, mas sobretudo em igualdade de condições com centenas de outros produtos financeiros disponíveis para o investidor em geral.
Com a entrada de novos investidores no mercado, a capitalização total do Bitcoin ultrapassou a da prata. Isso não apenas posiciona o Bitcoin como a segunda commodity mais valiosa do mundo em termos de capitalização de mercado, atrás somente do ouro, mas também muda a percepção tradicional sobre valor e segurança. Com um valor de mercado superior a US$ 1,42 trilhão, o Bitcoin só fica atrás do ouro e das ações de empresas como Microsoft, Apple, Nvidia, Saudi Aramco, Amazon e Google. Desafiando concepções antiquadas de ativos seguros, o Bitcoin propõe um futuro em que o digital supera o físico em praticidade, segurança e facilidade de transações.
Do outro lado do Atlântico, avanços regulatórios também estão acontecendo. A autoridade reguladora britânica, Financial Conduct Authority (FCA), recentemente aprovou ETNs (Exchange-Traded Notes) de criptomoedas para investidores institucionais, destacando a crescente aceitação e legitimidade das criptomoedas como classe de ativo.Esta medida não só facilita a entrada de capital institucional no universo cripto no velho mundo, mas também estabelece um precedente para que outras jurisdições adotem posturas semelhantes.
Uma outra constante nas conversas sobre criptoativos é um pequeno país, El Salvador, o primeiro a adotar o Bitcoin como moeda legal, e que serve de exemplo sobre os potenciais benefícios econômicos diretos e indiretos da adotação das criptomoedas. Além da valorização significativa de seu tesouro em Bitcoin*, o país colhe frutos ao apostar no fortalecimento de um ecossistema local de serviços associados ao mercado de criptoativos, como a facilitação da emissão de passaportes para atrair investidores, incentivos fiscais para empresas de tecnologia, serviços de conversão de cripto para dólares, mineração estatal de Bitcoin, entre outras - demonstrando uma ampla e inovadora estratégia nacional que utiliza a tecnologia blockchain para promover o crescimento econômico e a soberania financeira.
A tendência é a aceleração da digitalização financeira, com a disseminação dos CBDCs a caminho e a regulamentação e adoção global das criptomoedas ganhando tração em diversas partes do mundo. Instituições supranacionais como o FMI e Banco Mundial bem como as agências de classificação de risco, como a Moody's e S&P, encontram-se diante do desafio de quantificar e mensurar os efeitos econômicos de países como El Salvador, que, nesse momento, colhe benefícios de apostar na consolidação dos criptoativos, melhorando seus indicadores econômicos e de solvência em contraste com o cenário de inflação global persistente e dinâmica de endividamento crescente na grande maioria das economias.
Estamos testemunhando eventos chave que sinalizam a recuperação da valorização das criptomoedas e o renovado interesse por tecnologias descentralizadas. O sucesso do IBIT da BlackRock, juntamente com uma variedade de produtos regulados globais de gestoras internacionais e brasileiras, a valorização do Bitcoin ultrapassando a prata, avanços regulatórios significativos, e o exemplo prático de El Salvador, são provas robustas da mudança de paradigma em andamento. Conforme exploramos este novo território, o mundo fica de olho nos próximos desenvolvimentos desta indústria, que já provocou grandes alterações no cenário financeiro internacional.
* Desde 2021, El Salvador tem comprado Bitcoin de forma agressiva, adquirindo um total de 2.861 BTC a um preço médio de US$ 42.599 cada. Em suma, o ativo agora vale mais de US$ 206 milhões, refletindo um aumento significativo de 69,09% no valor do portfólio.