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Ativistas protestam contra asilo concedido ao ditador deposto da Tunísia

A Rede Árabe para Informação de Direitos Humanos lamentou o acolhimento, pela Arábia Saudita, do ditador da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, deposto neste sábado, 15 de janeiro. A entidade exige sua extradição para que seja julgado pelos crimes que cometeu contra o povo da Tunísia durante 23 anos. De acordo com os ativistas árabes, Ben Ali confiscou as liberdades públicas e os direitos civis, políticos e sociais. O […] Leia mais

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Instituto Millenium

Publicado em 18 de janeiro de 2011 às, 13h28.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 10h35.

A Rede Árabe para Informação de Direitos Humanos lamentou o acolhimento, pela Arábia Saudita, do ditador da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, deposto neste sábado, 15 de janeiro. A entidade exige sua extradição para que seja julgado pelos crimes que cometeu contra o povo da Tunísia durante 23 anos. De acordo com os ativistas árabes, Ben Ali confiscou as liberdades públicas e os direitos civis, políticos e sociais. O ditador também abriu a porta para a corrupção na Tunísia, especialmente para a família de sua esposa, que passou a ter o controle da maioria das instituições econômicas no país.

Ben Ali, conhecido como “o Pinochet árabe”, foi para a Arábia Saudita após ter sido rejeitado por governos aliados.

A Rede Árabe expressou seu temor de que a Arábia Saudita “volte a ser um depósito de lixo para os tiranos”. A Arábia já abrigou outros ditadores depostos, protegendo-os da perseguição em seus países, como o ditador da Uganda, Idi Amin, e o paquistanês Nawaz Sharif.

“É irônico que a Arábia Saudita solidarize-se com o ditador deposto e, ao mesmo tempo, declare seu respeito pela vontade do povo tunisiano! Será que abrigar o Pinochet árabe é sinal de respeito aos tunisianos ou aos interesses sauditas?”, disse o porta-voz da Rede Árabe para Informação de Direitos Humanos.

A organização pede para que a comunidade internacional pressione o governo saudita para que prenda Zine El Abidine Ben Ali, para que ele e outros membros de seu governo “tenham um julgamento justo por tudo o que fizeram ao povo tunisiano”.

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