As vozes que o amigo de Lula tenta calar & Parte 4

Mohammad Hossein Sohrabi Rad
Veiculo: Saham News
Preso em: Setembro de 2009

Sohrabi Rad foi preso por agentes do Ministério de Informação acusado de trabalhar em conjunto com o “Saham News” na elaboração de um documentário sobre o abuso de prisioneiros no Centro de Detenção Kahrizak, de acordo com o site reformista Asr-e Nou. (O centro de detenção foi fechado em julho de 2009 após evidências de abuso sistemático dos detentos).

O Asr-e Nou relatou que Sohrabi Rad foi submetido a pressões físicas e psicológicas na prisão de Evin. Autoridades transferiram Sohrabi Rad para a solitária.

Issa Sahar-Khiz
freelance
Preso em: 3 de julho de 2009

Sahar-Khiz, colunista dos sites reformistas “Rooz Online” e “Norooz” e membro fundador da Associação dos Jornalistas Iranianos, foi preso enquanto viajava pelo norte do Irã, segundo pronunciamento da associação. Seu advogado disse que ele enfrenta acusações de “participação em badernas”, “incitação de outros a participação em badernas” e “insultos ao supremo líder”, de acordo com o “Rooz Online”.

Sahar-Khiz tem uma longa carreira no jornalismo. Trabalhou por 15 anos para o IRNA, a agência oficial de notícias do Irã, e dirigiu seu escritório em Nova York. Voltou ao Irã em 1997 para trabalhar no ministério de Mohammad Khatami. Sahar-Khiz e o jornalista Ahmad Bourghani ficaram conhecidos como arquitetos de um período de relativa liberdade de imprensa no Irã. Depois que Sahar-Khiz foi forçado a deixar o ministério e banido do serviço para o governo em um julgamento, ele fundou um jornal reformista, “Akhbar-e Eghtesad”, e uma revista mensal, “Aftab”. As duas publicações foram extintas. Ele escreveu artigos criticando diretamente o aiatolá Ali Khamenei.

O colunista foi submetido a constante pressão em Evin, incluindo prisão a céu aberto durante a noite sob temperaturas congelantes, sem sapatos nem meias, de acordo com o “Rooz Online”. Seu filho disse que ele já perdeu 20 quilos. O “Saham News” publicou em 15 de abril uma carta aberta ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, pedindo que ele visite prisioneiros políticos na prisão de Evin.

Massoud Bastani
Veículos: Farhikhtegan and Jomhoriyat
Preso em: 5 de julho de 2009

Bastani, jornalista dos reformistas “Farihikhtegan” e “Jomhoriyat”, esse último um site aliado ao candidato derrotado à presidência Mir-Hossein Mousavi, foi preso quando ia a uma corte de Teerã procurar informações sobre sua esposa , a jornalista Mehsa Amrabadi. Ela foi presa com mais dois outros jornalistas e solta em 25 de agosto.

Bastani estava entre os mais de 100 opositores e jornalistas que enfrentaram uma ação judicial coletiva em agosto de 2009 em vagas acusações anti-estado. Em setembro, seu advogado disse ao site “Amir Kabir Newsletter” que ‎Bastani ficou por semanas na solitária.

Em outubro de 2009, o site “Norooz” divulgou que uma corte sentenciou Bastani a seis anos de prisão por “propaganda contra o regime e associação e amotinação para criar anarquia”.

Saeed Matin-Pour
Veículos: Yar Pag e Mouj Bidari
Preso em: Julho de 2009

Uma Corte Revolucionária em Teerã sentenciou Matin-Pour de ter “relação com estrangeiros e fazer propaganda contra o regime”, de acordo com as notícias locais. Ele foi condenado a oito anos de prisão.

Matin-Pour‎ foi preso pela primeira vez em maio de 2007 e solto sob condicional. Foi preso novamente em 2009 durante a investida do governo contra a imprensa. Ele trabalhou para os jornais “Yar Pag” e “Mouj Bidari”, além de escrever seu próprio blog.

Matin-Pour sofre de problemas cardíacos e respiratórios e sua família não conseguiu que ele fosse liberado da prisão para exames médicos, de acordo com o site “Advarnews“. Matin-Pour sentiu fortes dores no peito em fevereiro, mas as autoridades da prisão negaram atendimento médico, de acordo com o site de direitos humanos “Savalan Sessi“, de Azeri. A esposa de Matin-Pour, Atieh Taheri, disse ao Reporters and Human Rights Activists que a saúde do jornalista deteriorou-se enquanto ele vem tendo atendimento médico negado na prisão de Evin.

(continua…)

Com informações do Committee to Protect Journalists