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“A prioridade é manter a regra do teto do gasto público”

Economista conversou com a equipe do Instituto Millenium durante o Imil na Sala de Aula. Assista!

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Instituto Millenium

Publicado em 19 de abril de 2018 às, 08h11.

Última atualização em 19 de abril de 2018 às, 08h11.

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A próxima equipe que ficará à frente das contas do governo brasileiro terá uma difícil tarefa a partir de 2019, com a missão de dar continuidade à recuperação da economia do país e colocá-lo novamente em uma trajetória de crescimento. Durante o Imil na Sala de Aula, realizado no Ibmec-RJ na última segunda-feira (16), o Instituto Millenium conversou com o economista Fabio Giambiagi, que falou sobre as prioridades para quem vencer as eleições deste ano. Na opinião do especialista, a manutenção da regra do teto do gasto público está no topo desta lista.

A PEC do Teto foi promulgada em 2016 e estabelece um limite para o gasto público, com duração de 20 anos. Com ela, as despesas da União só poderão crescer conforme a inflação do ano anterior. Para Giambiagi, a medida foi um divisor de águas na trajetória do país nos últimos anos, que passava por momentos delicados, com altos índices de inflação e risco de calote da dívida pública. “Mudamos completamente esse rumo quando conseguimos aprovar a regra. Mas ela precisa ser reafirmada pelo próximo governo. Viabilizar a reforma da Previdência irá permitir que a mesma seja respeitada. Do contrário, em 2020 ou 2021 será difícil obedecer ao teto”, explica.

Leia artigos de Fabio Giambiagi
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Giambiagi também comentou o atual cenário econômico do Brasil, com baixa taxa de juros e inflação controlada. “Tivemos em 2012 e 2013 um ciclo de juros baixos e, depois, essa taxa teve que subir vigorosamente para conter os efeitos da inflação. Nós aprendemos que os juros baixos são importantes para o crescimento quando são duradouros. A circunstância hoje é diferente pois não há nada de artificialismo nas medidas do Banco Central, ao contrário daquela situação. Ainda não sabemos se esse movimento será estendido no tempo ou não mas, para que isso aconteça, as reformas são fundamentais”, destaca.