"A inteligência artificial já está presente em países avançados"
Nivio Ziviani fala sobre a Kunumi, plataforma de machine learning que planeja concorrer com o Google
laizmartins1
Publicado em 13 de novembro de 2017 às 18h20.
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Durante o período em que fez doutorado na Universidade de Waterloo, no Canadá, em meados da década de 1980, Nivio Ziviani, hoje professor emérito do departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), conta que foi inoculado com o “vírus” do empreendedorismo. Lá, ele teve aulas com Gastón Gonnet, que iniciava suas atividades na área e mais tarde seria responsável por fundar empresas de sucesso.
Desde então, Nivio não parou mais. A primeira oportunidade de abrir seu próprio negócio em tecnologia surgiu em 1998, quando desenvolveu com um de seus alunos a Miner, uma família de buscadores utilizada por diversos serviços online e que obteve um enorme êxito, com a quantidade de usuários dobrando a cada mês. A ferramenta foi adquirida pelo UOL em 1999, onde ficou por mais de dez anos. Em seguida, investiu nas áreas de busca e recuperação de informação com a criação de mais duas empresas: a Akwan, vendida para o Google em 2005, e a Neemu, comprada pela Linx em 2015. Em 2016, fundou a Kunumi, plataforma especializada em machine learning (aprendizado de máquina), uma subárea da inteligência artificial.
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O professor explica que ele e sua equipe trabalham com aprendizado de máquina desde 2013 e que decidiram desenvolver tecnologias nesse segmento devido ao seu imenso potencial de impacto em diversos setores da sociedade, como a economia e as relações de trabalho:
“De acordo com a Ernst Young, em 2025, um terço dos empregos vão ser extintos. Tudo aquilo que é repetitivo, maçante para nós, humanos, o robô já faz melhor”, ele afirma, e acrescenta que a inteligência artificial já faz parte da realidade cotidiana nos países desenvolvidos, mas que ainda deve demorar a se tornar mais presente no Brasil devido à crise e aos problemas gerados pela insegurança jurídica com a qual o país tem de lidar.
Atualmente, a Kunumi tem atuado em parceria com grandes organizações e empresas das mais variadas áreas, como saúde (com o Hospital Sírio Libanês), construção civil (MRV), finanças (Banco Inter e Itaú), seguros de saúde (Unimed), e até mesmo na área de mídia e entretenimento: em iniciativa promovida pelo Spotify, a plataforma desenvolveu uma rede neural artificial capaz de aprender padrões de comportamento para escrever a letra da música “Neural”, lançada pelo serviço de streaming em novembro do ano passado em conjunto com um álbum póstumo do rapper Sabotage, morto em 2003. O single inédito foi criado com base em outras composições do artista.
Segundo Nivio, o objetivo da plataforma ainda vai além da tecnologia: “A Kunumi tem um esquema de trabalharmos todos juntos com um propósito muito claro de distribuição não só de riqueza, mas também de tecnologia para melhorar o impacto dessa tecnologia na vida das pessoas. Estamos caminhando muito para grandes projetos de impacto social”. Ouça!
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Durante o período em que fez doutorado na Universidade de Waterloo, no Canadá, em meados da década de 1980, Nivio Ziviani, hoje professor emérito do departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), conta que foi inoculado com o “vírus” do empreendedorismo. Lá, ele teve aulas com Gastón Gonnet, que iniciava suas atividades na área e mais tarde seria responsável por fundar empresas de sucesso.
Desde então, Nivio não parou mais. A primeira oportunidade de abrir seu próprio negócio em tecnologia surgiu em 1998, quando desenvolveu com um de seus alunos a Miner, uma família de buscadores utilizada por diversos serviços online e que obteve um enorme êxito, com a quantidade de usuários dobrando a cada mês. A ferramenta foi adquirida pelo UOL em 1999, onde ficou por mais de dez anos. Em seguida, investiu nas áreas de busca e recuperação de informação com a criação de mais duas empresas: a Akwan, vendida para o Google em 2005, e a Neemu, comprada pela Linx em 2015. Em 2016, fundou a Kunumi, plataforma especializada em machine learning (aprendizado de máquina), uma subárea da inteligência artificial.
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“De acordo com a Ernst Young, em 2025, um terço dos empregos vão ser extintos. Tudo aquilo que é repetitivo, maçante para nós, humanos, o robô já faz melhor”, ele afirma, e acrescenta que a inteligência artificial já faz parte da realidade cotidiana nos países desenvolvidos, mas que ainda deve demorar a se tornar mais presente no Brasil devido à crise e aos problemas gerados pela insegurança jurídica com a qual o país tem de lidar.
Atualmente, a Kunumi tem atuado em parceria com grandes organizações e empresas das mais variadas áreas, como saúde (com o Hospital Sírio Libanês), construção civil (MRV), finanças (Banco Inter e Itaú), seguros de saúde (Unimed), e até mesmo na área de mídia e entretenimento: em iniciativa promovida pelo Spotify, a plataforma desenvolveu uma rede neural artificial capaz de aprender padrões de comportamento para escrever a letra da música “Neural”, lançada pelo serviço de streaming em novembro do ano passado em conjunto com um álbum póstumo do rapper Sabotage, morto em 2003. O single inédito foi criado com base em outras composições do artista.
Segundo Nivio, o objetivo da plataforma ainda vai além da tecnologia: “A Kunumi tem um esquema de trabalharmos todos juntos com um propósito muito claro de distribuição não só de riqueza, mas também de tecnologia para melhorar o impacto dessa tecnologia na vida das pessoas. Estamos caminhando muito para grandes projetos de impacto social”. Ouça!