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A hora e a vez das fintechs

Daniel Gomes, CEO da Nexoos, fala sobre o crescimento do mercado das empresas voltadas a serviços financeiros

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Instituto Millenium

Publicado em 7 de agosto de 2017 às, 13h13.

As dificuldades que os empreendedores costumam enfrentar no Brasil são muitas: elevada carga tributária, altas taxas de juros, burocracia, regulação excessiva… Para Daniel Gomes, CEO e cofundador da Nexoos, plataforma de empréstimos online que conecta pequenas e médias empresas a investidores, soma-se a esta lista de empecilhos a forte concentração do sistema financeiro nos grandes bancos, o que desencoraja não só quem pretende abrir um negócio próprio como também representa uma barreira para a transformação deste segmento.

Este cenário, no entanto, tem apresentado mudanças graduais. Cada vez mais, as fintechs, startups de tecnologia que oferecem serviços ligados ao mercado financeiro, tem ganhado espaço como alternativas para a realização de operações bancárias. Segundo Gomes, já existem cerca de 200 fintechs no país, a exemplo da própria Nexoos, a GuiaBolso, a Creditas e o Nubank. O executivo identifica a falta de concorrência como o principal problema existente hoje no mercado financeiro brasileiro, o que impede que as taxas de juros possam ser reduzidas. Nesse contexto, o surgimento das fintechs demonstra que existem formas mais simples e baratas de implementar processos, gerando mais competitividade.

Gomes não vê as fintechs como uma ameaça às instituições financeiras tradicionais: “Acredito que exista mais cooperação do que competição entre as fintechs e os grandes bancos”. Ele analisa ainda os potenciais resultados que a atuação dessas empresas podem trazer aos cidadãos: “Quando se facilita a vida do empreendedor, você gera mais empregos e isso tudo traz impacto social para o país”. Ouça!