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“A falta de informação compromete o exercício da cidadania”

Conheça a ONG Bê-a-Bá do Cidadão, que trabalha para fomentar a cidadania no país

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Instituto Millenium

Publicado em 6 de fevereiro de 2018 às, 09h39.

O que falta para você fazer a diferença no meio em que vive? Em 1998, estudantes do curso de direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) resolveram sair da zona de conforto e idealizaram um projeto para democratizar o acesso à informação jurídica, levando para a população informações sobre seus direitos e deveres. Da iniciativa, surgiu, em 2004, a ONG Bê-a-Bá do Cidadão, uma rede de voluntários que se dedicam a estimular a autonomia e a consciência crítica dos cidadãos brasileiros. Ouça a entrevista!

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O projeto começou por meio de cartilhas informativas e acessíveis, que eram distribuídas em comunidades e escolas, em eventos que também contavam com palestras e debates. Hoje, a ONG possui vários projetos e parcerias, como o Cidadania na Escola, que aborda temáticas como a formação do Estado, os três Poderes, e as funções dos representantes eleitos pela população.

“Acreditamos em três pilares: a sensibilização, o conteúdo e a ação. Isso permeia os projetos que a gente cria, pois não adianta nada a pessoa receber um monte de informação se ela não está sensibilizada, não entende por que ela precisa saber isso e não se vê como sujeito de direitos e deveres”, explica Cynthia Krahenbuhl, diretora da Bê-a-Bá. Para ela, cidadãos bem informados ajudam na construção de uma sociedade melhor para todos: “A falta de informação compromete o exercício de cidadania. Quanto mais conhecimento as pessoas têm, mais elas podem efetivamente melhorar, estimular a autonomia, a consciência crítica e o aperfeiçoamento da democracia, que está em constante construção”, comenta, ressaltando que, neste ano de eleição, os brasileiros estão mais interessados no que acontece no país. “É um processo em construção. Aos poucos, as pessoas estão tomando mais consciência. Ainda falta muito e por isso nossa luta diária de tentar compartilhar mais informação”.