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A crítica de Marco Aurélio Garcia ao governo americano

Da Folha Causou desconforto na diplomacia americana o tom duro usado pelo assessor de assuntos internacionais da Presidência brasileira, Marco Aurélio Garcia, ao comentar em público o conteúdo da carta enviada no domingo por Barack Obama a Luiz Inácio Lula da Silva. Até a conclusão desta edição, o Conselho de Segurança Nacional (NSC), ligado à Casa Branca, ainda discutia se tornaria a carta pública. Segundo quem leu a correspondência, o […] Leia mais

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Instituto Millenium

Publicado em 26 de novembro de 2009 às, 14h25.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 13h19.

Da Folha

Causou desconforto na diplomacia americana o tom duro usado pelo assessor de assuntos internacionais da Presidência brasileira, Marco Aurélio Garcia, ao comentar em público o conteúdo da carta enviada no domingo por Barack Obama a Luiz Inácio Lula da Silva.

Até a conclusão desta edição, o Conselho de Segurança Nacional (NSC), ligado à Casa Branca, ainda discutia se tornaria a carta pública. Segundo quem leu a correspondência, o tom de Obama no texto foi amigável, reflexivo e profundo, adequado à comunicação entre líderes de países parceiros.
Ao falar à imprensa anteontem, Garcia havia dito que há um “sabor de decepção” do Brasil com posições do governo Obama e que a posição dos EUA em relação ao golpe em Honduras era “equivocada”.
Segundo os que tiveram acesso à carta, o americano diz esperar que o Brasil encoraje o Irã a voltar a ganhar a confiança da comunidade internacional ao cumprir todas as suas obrigações internacionais. (íntegra aqui)

Se o Brasil sente um sabor de decepção em relação à postura adotada pelo governo Obama, qual a opinião do governo americano a respeito da falta de pulso do Brasil?

Garcia não tinha base para as críticas que fez. A relação do governo brasileiro com os caudilhos latino americanos e o apoio aos absurdos cometidos em Cuba, Irã e China deixam bem claro que política externa não é um dom do atual governo. E se nosso assessor de assuntos internacionais se referiu ao golpe em Honduras como um “equívoco”, ninguém pode dizer o mesmo sobre as decisões brasileiras. O apoio aos inimigos da liberdade de expressão e direitos humanos é fruto de paixão, ideologia.