A balseira da liberdade
Ótimo artigo de Marcos Rolim na Zero Hora de hoje sobre Yoani Sánchez: Camarada Yoani Iniciei a usar o Twitter e a primeira pessoa que escolhi seguir foi a cubana Yoani Sánchez. Em seu blog “Generación Y” (http://www.desdecuba.com/generaciony/), ela comenta fatos da vida em Cuba e descreve cenas que revelam, mais do que qualquer tratado de ciência política poderia fazê-lo, o que é o totalitarismo “tropical”. O blog, claro, está […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2009 às 19h48.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 13h05.
Ótimo artigo de Marcos Rolim na Zero Hora de hoje sobre Yoani Sánchez:
Camarada Yoani
Iniciei a usar o Twitter e a primeira pessoa que escolhi seguir foi a cubana Yoani Sánchez. Em seu blog “Generación Y” (http://www.desdecuba.com/generaciony/), ela comenta fatos da vida em Cuba e descreve cenas que revelam, mais do que qualquer tratado de ciência política poderia fazê-lo, o que é o totalitarismo “tropical”. O blog, claro, está hospedado fora de Cuba, um país onde as pessoas não têm acesso à internet. Para que ela poste, é preciso ir aos hotéis frequentados apenas por turistas e pagar até 6 euros para uma hora de acesso (uma fortuna para qualquer cubano que não integre a “nomenclatura”); sua aparência europeia e o fato de falar alemão ajudam a burlar os porteiros, mas para cada acesso é preciso uma estratégia. Seu blog é hoje traduzido em 17 idiomas (incluindo o português) e Yoani é uma das pessoas mais influentes no mundo. Ela conta que iniciou a postar não por motivos nobres, mas para lidar com sua covardia: “Cada nova postagem me mostrava como contornar minha impotência cívica, minhas poucas possibilidades na vida real de ter a palavra. Por enquanto, estou aqui, postando e sobrevivendo ou, melhor, sobrevivendo porque eu posto. Sem esse exorcismo pessoal de escrever meus posts, a realidade iria me superar de uma maneira paralisante”. Read more
Ótimo artigo de Marcos Rolim na Zero Hora de hoje sobre Yoani Sánchez:
Camarada Yoani
Iniciei a usar o Twitter e a primeira pessoa que escolhi seguir foi a cubana Yoani Sánchez. Em seu blog “Generación Y” (http://www.desdecuba.com/generaciony/), ela comenta fatos da vida em Cuba e descreve cenas que revelam, mais do que qualquer tratado de ciência política poderia fazê-lo, o que é o totalitarismo “tropical”. O blog, claro, está hospedado fora de Cuba, um país onde as pessoas não têm acesso à internet. Para que ela poste, é preciso ir aos hotéis frequentados apenas por turistas e pagar até 6 euros para uma hora de acesso (uma fortuna para qualquer cubano que não integre a “nomenclatura”); sua aparência europeia e o fato de falar alemão ajudam a burlar os porteiros, mas para cada acesso é preciso uma estratégia. Seu blog é hoje traduzido em 17 idiomas (incluindo o português) e Yoani é uma das pessoas mais influentes no mundo. Ela conta que iniciou a postar não por motivos nobres, mas para lidar com sua covardia: “Cada nova postagem me mostrava como contornar minha impotência cívica, minhas poucas possibilidades na vida real de ter a palavra. Por enquanto, estou aqui, postando e sobrevivendo ou, melhor, sobrevivendo porque eu posto. Sem esse exorcismo pessoal de escrever meus posts, a realidade iria me superar de uma maneira paralisante”. Read more