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Empresas descobriram a fonte da juventude

A conexão de empresas estabelecidas com startups é a bola da vez no cenário de inovação corporativa no Brasil.

Placa com inscrição sobre startups (dierken via Photopin)
FO

Felipe Ost Scherer

Publicado em 28 de setembro de 2017 às 11h06.

A conexão de empresas estabelecidas com startups é a bola da vez no cenário de inovação corporativa no Brasil. Inúmeros programas de relacionamento entre esses dois mundos, antes distantes, estão criando uma ponte com benefícios mútuos.

De um lado a experiência, conhecimento de mercado, reputação, capacidade de investimento e escala. Do outro a velocidade, espírito da mudança, conhecimento de novas tecnologias e talentos criativos. Os grandes recebem sangue novo na busca por novos modelos de negócios e maneiras de realizar suas atividades. As startups podem aprender como escalar negócios e construir marcas e novos canais de maneira efetiva.

Essa conexão está se tornando a fonte da juventude quando corretamente gerenciada. As startups podem ensinar como ser mais ágeis, aceitar mais riscos e aprender sobre os erros, especialmente de forma barata. Esses elementos são importantíssimos nos mercados em transformação de diversos setores. Muitas empresas estabelecidas estão sofrendo pois seus produtos e serviços já não significam para os consumidores o que foram anteriormente. Empresas criadas para resolver problemas do século passado terão dificuldades daqui para frente.

Não bastasse as diversas oportunidades de novos produtos e serviços que estão sendo desenvolvidos por startups no país diariamente, há um outro elemento muito importante nessa relação: a transformação cultural.

O efeito colateral positivo nessas conexões é mexer com o status quo da grande empresa. Criar desconforto nos principais executivos que percebem que empresas nascentes, com estrutura e recursos limitados, estão fazendo coisas fantásticas ao resolver os problemas dos consumidores de maneira mais eficiente e barata. Alguns anos atrás, um artigo publicado na MITSloan Management Review chamado Innovation Process Benefits: The Journey as Reward, apontou para esse fenômeno da transformação daqueles que participam de projetos inovadores. No meu ponto de vista, quando esses projetos envolvem startups, essa recompensa é potencializada.

O modelo de relacionamento entre as empresas pode variar desde encontros pontuais, parcerias de desenvolvimento, programas de aceleração e mesmo investimentos em participação nas startups. Cada um deles atende necessidades específicas para a empresa estabelecida, criando um canal estruturado para obter os resultados desejados. Apresento dois programas recentes que a empresa na qual sou sócio (Innoscience), está diretamente envolvida apoiando na execução:

Alpha Inova - O programa tem como objetivo estabelecer Parcerias (ofertas de serviços ou produtos conjuntamente para clientes e/ou parceiros) ou Prestação direta de serviço por meio da Conexão da Alphaville Urbanismo com Startups. São seis áreas distintas que vão desde tecnologias de construção passando por processos internos até marketing e vendas. Atualmente 11 startups estão trabalhando juntamente com executivos da Alphaville no desenvolvimento e integração das soluções para a realidade da incorporadora.

Braskem Labs Challenge - O programa quer conhecer startups que oferecem soluções para resolver desafios reais das mais diversas áreas da Braskem. As startups selecionadas irão desenvolver um projeto piloto e, potencialmente, tornar-se fornecedores ou parceiros da Braskem, ajudando a ganhar competitividade, reduzir custos e melhorar a produtividade da empresa. Até 15 startups serão selecionadas para realização dos pilotos. As inscrições vão até o dia 30 de outubro.

Não há um número exato da quantidade de startups atualmente no Brasil. A ABStartups (Associação Brasileira de Startups) tem perto de 5 mil associadas mas sabemos que o número total é muito maior que esse. Diariamente empreendedores de todas as idades estão criando novas soluções de base tecnológica que podem ser o parceiro ideal para empresas estabelecidas. Basta abrir a porta para isso e utilizar as ferramentas corretas para que essa conexão traga frutos para ambos os lados.

Felipe Ost Scherer

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A conexão de empresas estabelecidas com startups é a bola da vez no cenário de inovação corporativa no Brasil. Inúmeros programas de relacionamento entre esses dois mundos, antes distantes, estão criando uma ponte com benefícios mútuos.

De um lado a experiência, conhecimento de mercado, reputação, capacidade de investimento e escala. Do outro a velocidade, espírito da mudança, conhecimento de novas tecnologias e talentos criativos. Os grandes recebem sangue novo na busca por novos modelos de negócios e maneiras de realizar suas atividades. As startups podem aprender como escalar negócios e construir marcas e novos canais de maneira efetiva.

Essa conexão está se tornando a fonte da juventude quando corretamente gerenciada. As startups podem ensinar como ser mais ágeis, aceitar mais riscos e aprender sobre os erros, especialmente de forma barata. Esses elementos são importantíssimos nos mercados em transformação de diversos setores. Muitas empresas estabelecidas estão sofrendo pois seus produtos e serviços já não significam para os consumidores o que foram anteriormente. Empresas criadas para resolver problemas do século passado terão dificuldades daqui para frente.

Não bastasse as diversas oportunidades de novos produtos e serviços que estão sendo desenvolvidos por startups no país diariamente, há um outro elemento muito importante nessa relação: a transformação cultural.

O efeito colateral positivo nessas conexões é mexer com o status quo da grande empresa. Criar desconforto nos principais executivos que percebem que empresas nascentes, com estrutura e recursos limitados, estão fazendo coisas fantásticas ao resolver os problemas dos consumidores de maneira mais eficiente e barata. Alguns anos atrás, um artigo publicado na MITSloan Management Review chamado Innovation Process Benefits: The Journey as Reward, apontou para esse fenômeno da transformação daqueles que participam de projetos inovadores. No meu ponto de vista, quando esses projetos envolvem startups, essa recompensa é potencializada.

O modelo de relacionamento entre as empresas pode variar desde encontros pontuais, parcerias de desenvolvimento, programas de aceleração e mesmo investimentos em participação nas startups. Cada um deles atende necessidades específicas para a empresa estabelecida, criando um canal estruturado para obter os resultados desejados. Apresento dois programas recentes que a empresa na qual sou sócio (Innoscience), está diretamente envolvida apoiando na execução:

Alpha Inova - O programa tem como objetivo estabelecer Parcerias (ofertas de serviços ou produtos conjuntamente para clientes e/ou parceiros) ou Prestação direta de serviço por meio da Conexão da Alphaville Urbanismo com Startups. São seis áreas distintas que vão desde tecnologias de construção passando por processos internos até marketing e vendas. Atualmente 11 startups estão trabalhando juntamente com executivos da Alphaville no desenvolvimento e integração das soluções para a realidade da incorporadora.

Braskem Labs Challenge - O programa quer conhecer startups que oferecem soluções para resolver desafios reais das mais diversas áreas da Braskem. As startups selecionadas irão desenvolver um projeto piloto e, potencialmente, tornar-se fornecedores ou parceiros da Braskem, ajudando a ganhar competitividade, reduzir custos e melhorar a produtividade da empresa. Até 15 startups serão selecionadas para realização dos pilotos. As inscrições vão até o dia 30 de outubro.

Não há um número exato da quantidade de startups atualmente no Brasil. A ABStartups (Associação Brasileira de Startups) tem perto de 5 mil associadas mas sabemos que o número total é muito maior que esse. Diariamente empreendedores de todas as idades estão criando novas soluções de base tecnológica que podem ser o parceiro ideal para empresas estabelecidas. Basta abrir a porta para isso e utilizar as ferramentas corretas para que essa conexão traga frutos para ambos os lados.

Felipe Ost Scherer

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