O fim dos cookies: como isso vai impactar seu negócio?
O acesso aos cookies de terceiros vai ter fim e você precisa entender porque isso é tão importante para a sua estratégia digital
Publicado em 1 de março de 2021 às, 21h03.
“Os dados são o novo petróleo”. Espécie de mantra entre empresas de tecnologia, varejo e de consumo, a frase agora também se aplica ao marketing - e, acredite, os dados são mesmo cada vez mais valiosos. Então está na hora de abrir ainda mais os olhos para essa parte tão relevante dos negócios.
Segundo a consultoria Gartner, 75% das empresas de todo o mundo já investem (ou pretendem investir) em análise de big data e tecnologias relacionadas ao uso de dados nos próximos dois anos.
Mas você já parou para refletir sobre como boa parte dos dados surgem? No mundo digital, muitas vezes, eles são capturados por meio dos “cookies” - arquivos que armazenam temporariamente o que o usuário está visitando na internet.
Quase como ficheiros, eles guardam informações como suas preferências de pesquisa, o histórico de navegação ou a cidade onde você está, por exemplo. Toda vez que você visita o mesmo site, este acesso pode ser reconhecido e relacionado ao comportamento em entradas anteriores no mesmo endereço.
Ou seja, mesmo que anônimos e não sensíveis, estes dados nos ajudam a entender melhor o comportamento do consumidor, como ver as páginas visitadas, quanto tempo o consumidor ficou no site e até mesmo quantas vezes ele foi acessado daquele mesmo dispositivo. Tais cookies fazem parte do ecossistema de dados, divididos em ‘first-party data’, ‘second-party data’ e ‘third-party data’.
Aqui, entretanto, vale uma ligeira explicação sobre essas nomenclaturas:
Os dados “primários” (‘first-party data’) são aqueles que as empresas já possuem. São dados obtidos a partir de relacionamentos dos consumidores com a sua empresa - as interações nas redes sociais ou cliques em e-mails marketing, por exemplo.
Os dados “secundários” (‘second-party data’) são informações coletadas por empresas parceiras e que estão dispostas a comercializá-las. Dessa forma, eles são os ‘first-party data’ de outras empresas, como plataformas de mídias ou sites que negociam produtos na internet.
Já os ‘third-party data’ são peças-chave para que empresas de tecnologia possam transferir dados entre si, mesclando informações dos consumidores e dando insumos ao planejamento, criação e segmentação dos anúncios.
Menos dados: e agora?
Em 2020, o Google anunciou o fim dos “cookies third-party” do Chrome, seu navegador e o browser utilizado em quase 70% dos computadores de todo o mundo.
Mas o que isso significa para as empresas que anunciam na internet? Qual será o impacto do fim dos “cookies third-party” para as campanhas digitais das marcas?
A primeira coisa que devemos nos atentar é que menos dados dos usuários estarão acessíveis. Assim, algumas ferramentas de automação precisarão ser revisadas, bem como a forma de trabalhar, que terá que ser alterada.
Informações “primárias” serão mais importantes
Você terá que investir em novas maneiras de coletar estes dados. Os ‘first-party data’ e os ‘second-party data’ serão cada vez mais importantes. Os anunciantes vão precisar saber gerenciar melhor essas informações, com outros parâmetros, métricas e maneiras de capturar os consumidores.
Neste cenário, boas estratégias de e-mail marketing serão relevantes. Além disso, descobrir (ou dar mais valor) ao poder do conteúdo também será estratégia essencial. A segmentação contextual será extremamente valiosa para a criação de anúncios personalizados.
Sua marca segura, o tempo todo
Aprimorar as políticas de transparência, garantir o respeito aos dados dos usuários e, principalmente, a conformidade da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) será cada vez mais fundamental para que o ecossistema digital continue genuinamente saudável para todas as empresas. Por isso, contar com parceiros confiáveis e com empresas de boa reputação no mercado é e continuará sendo imprescindível.
Afinal, unir com sabedoria os dados que você tem em mãos para a sua empresa tornou-se indispensável e unir inteligência artificial e automação, com aquela pitada de análise e “mágica humana”, será o futuro.