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Confiança e ética: peças fundamentais no marketing digital

É extremamente importante que as marcas conheçam as ferramentas exatas para anunciarem em diferentes plataformas

BG

Bibiana Guaraldi

Publicado em 9 de outubro de 2020 às 14h26.

Última atualização em 11 de outubro de 2020 às 08h22.

Uma pesquisa recente da eMarketer indica que os investimentos em publicidade digital tiveram um crescimento de 14% na América Latina em 2019. Para este ano, a expectativa é que pouco mais de US$ 10 bilhões sejam investidos no meio, na região.

Já o relatório "International Report on Programmatic In-Housing", feito pelo IAB US em parceria com a Accenture, aponta que 68% das compras de anúncios no digital devem ser realizadas por mídia programática.

O Brasil é o terceiro país no mundo que mais cresce no investimento em programática, atrás apenas de Índia e Indonésia. Fatores como "eficiência no investimento" e "efetividade das campanhas" são os principais motivos desse crescimento.

Somado a isso, os consumidores do “mundo pandêmico” estão preferindo marcas em que confiam – mesmo que elas não sejam as com o melhor preço.

O relatório Trust Barometer 2020, da Edelman, diz que 75% dos entrevistados afirmam que "comprarão o produto mesmo que ele não seja o mais barato". Para 84% dos entrevistados no Brasil, "confiar em uma marca é mais importante hoje do que no passado".

Por este motivo, é extremamente importante que as marcas conheçam as ferramentas exatas para anunciarem em diferentes plataformas, como sites e aplicativos, que não manchem suas reputações.

A verdade precisa ir além do discurso

"Propósito não é só um slogan ou uma campanha de marketing: é a razão fundamental para a existência de uma empresa", escreveu Larry Fink, CEO da BlackRock, aos seus stakeholders, em 2019.

É aqui que chegamos ao ponto nevrálgico da relação entre marcas e o mundo do marketing digital. Com o crescimento da mídia programática, muitos apenas “sistematizaram” sua atuação, deixando de discutir a ética por trás de cada operação.

Você tem se atentado para isso? A tecnologia precisa de alguém para operá-la. Não adianta falar de propósito de marca, de cultura, sem ampliar a discussão sobre a transparência e a ética dentro da empresa.

Para Páris Piedade Neto, diretor de Mensuração de Valor de Mídia, Conteúdo e Comunicação da Natura &Co, a ampliação deste debate é uma responsabilidade da própria indústria da comunicação.

“O tema é complexo e não chegará uma solução que vai resolver todos os problemas. Mas isso não é ruim. Precisamos de uma mudança de postura, da forma que encaramos o desafio. A nossa indústria cresceu. E essa indústria espera mais responsabilidade dos atores, do líderes e das pessoas que têm altas posições”, disse o executivo, durante o painel “Transparência e Confiabilidade”, dentro do IAB Next, realizado em meados de setembro.

“A nossa responsabilidade, hoje, é fazer o que é certo. Não é só fazer o job, entregar a campanha, entregar o projeto. Precisamos fazer o que é o correto. Precisamos construir a maturidade sobre este assunto dentro das empresas. É preciso expandir a zona de conforto, não esperar solução de fora e construí-la dentro das equipes das empresas”, reforçou Páris.

Ampliar estes debates, por meio de seus comitês, é uma das missões do IAB Brasil. O incentivo às boas práticas, educação para o mercado e a ética das empresas faz com que o mercado se torne cada dia mais transparente e sustentável.

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Uma pesquisa recente da eMarketer indica que os investimentos em publicidade digital tiveram um crescimento de 14% na América Latina em 2019. Para este ano, a expectativa é que pouco mais de US$ 10 bilhões sejam investidos no meio, na região.

Já o relatório "International Report on Programmatic In-Housing", feito pelo IAB US em parceria com a Accenture, aponta que 68% das compras de anúncios no digital devem ser realizadas por mídia programática.

O Brasil é o terceiro país no mundo que mais cresce no investimento em programática, atrás apenas de Índia e Indonésia. Fatores como "eficiência no investimento" e "efetividade das campanhas" são os principais motivos desse crescimento.

Somado a isso, os consumidores do “mundo pandêmico” estão preferindo marcas em que confiam – mesmo que elas não sejam as com o melhor preço.

O relatório Trust Barometer 2020, da Edelman, diz que 75% dos entrevistados afirmam que "comprarão o produto mesmo que ele não seja o mais barato". Para 84% dos entrevistados no Brasil, "confiar em uma marca é mais importante hoje do que no passado".

Por este motivo, é extremamente importante que as marcas conheçam as ferramentas exatas para anunciarem em diferentes plataformas, como sites e aplicativos, que não manchem suas reputações.

A verdade precisa ir além do discurso

"Propósito não é só um slogan ou uma campanha de marketing: é a razão fundamental para a existência de uma empresa", escreveu Larry Fink, CEO da BlackRock, aos seus stakeholders, em 2019.

É aqui que chegamos ao ponto nevrálgico da relação entre marcas e o mundo do marketing digital. Com o crescimento da mídia programática, muitos apenas “sistematizaram” sua atuação, deixando de discutir a ética por trás de cada operação.

Você tem se atentado para isso? A tecnologia precisa de alguém para operá-la. Não adianta falar de propósito de marca, de cultura, sem ampliar a discussão sobre a transparência e a ética dentro da empresa.

Para Páris Piedade Neto, diretor de Mensuração de Valor de Mídia, Conteúdo e Comunicação da Natura &Co, a ampliação deste debate é uma responsabilidade da própria indústria da comunicação.

“O tema é complexo e não chegará uma solução que vai resolver todos os problemas. Mas isso não é ruim. Precisamos de uma mudança de postura, da forma que encaramos o desafio. A nossa indústria cresceu. E essa indústria espera mais responsabilidade dos atores, do líderes e das pessoas que têm altas posições”, disse o executivo, durante o painel “Transparência e Confiabilidade”, dentro do IAB Next, realizado em meados de setembro.

“A nossa responsabilidade, hoje, é fazer o que é certo. Não é só fazer o job, entregar a campanha, entregar o projeto. Precisamos fazer o que é o correto. Precisamos construir a maturidade sobre este assunto dentro das empresas. É preciso expandir a zona de conforto, não esperar solução de fora e construí-la dentro das equipes das empresas”, reforçou Páris.

Ampliar estes debates, por meio de seus comitês, é uma das missões do IAB Brasil. O incentivo às boas práticas, educação para o mercado e a ética das empresas faz com que o mercado se torne cada dia mais transparente e sustentável.

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