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Todas as empresas, em um futuro próximo, serão de tecnologia

Empresas que mergulham no digital escalam de forma mais ágil, testam ideias e até reformulam o modelo de negócio mais rápido, evitando problemas maiores

Sistema digital da Agrotools: monitoramento da cadeia de produção no campo para grandes empresas  (Agrotools/Divulgação)
Sistema digital da Agrotools: monitoramento da cadeia de produção no campo para grandes empresas (Agrotools/Divulgação)
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Gustavo Caetano

Publicado em 19 de abril de 2021 às, 18h15.

Última atualização em 19 de abril de 2021 às, 22h12.

Basta usar parte do seu tempo em pesquisas na internet, ler alguns jornais e revistas ou assistir a um noticiário para se deparar com termos que têm se tornado cada vez mais frequentes, como Cloud, Arquitetura de Sistemas, AI, Big Data, Analytics. Até o segmento de mercado das empresas mudou, agora estamos vendo as fintechs, foodtech, agtechs, edtechs e muitos outros.

As foodtechs, por exemplo, são as chamadas empresas de alimentos que aplicam soluções tecnológicas em seus processos. As Agtechs são companhias de agronegócio, assim como as Edtechs são as aplicações tecnológicas para o ramo da educação em todo o mundo. Isso me leva a acreditar que dentro de poucos anos todas as empresas de sucesso terão modelos de negócios ou operação interna suportada, automatizada ou impulsionada pela tecnologia.

Com o início e extensão da pandemia desde março do ano passado, é notável o quanto as empresas de todos os portes e setores tiveram que se reinventar e mergulhar no digital para sobreviver. Algumas saíram na frente, outras fortalecidas, mas o fato é que todas tiveram que abraçar a transformação digital mesmo que não soubessem muito bem o que isso pudesse representar. E a dura realidade é que um dos principais motivos pelo qual algumas não sobreviveram é porque não conseguiram implementar a digitalização de uma forma que fosse possível entregar valor para o público.

Precisamos entender que essa era uma tendência que já vinha sendo desenhada há alguns anos, ditada principalmente pelas mudanças de consumo das novas gerações, que buscam velocidade, facilidade e experiência - e que são cada vez mais adaptados a compras de serviços e produtos online. Os acontecimentos de 2020 para cá apenas reforçaram que o futuro (e presente) são de base tecnológica.

Alguns dos pontos para que essa tendência seja reforçada é que empresas que mergulham no mundo digital conseguem escalar seus negócios de forma mais ágil, testam serviços e produtos com mais velocidade, estabelecem conexões verdadeiras com seus públicos-alvo e, caso seja necessário, conseguem corrigir rotas e até mesmo reformular o modelo de negócios de maneira mais rápida, evitando problemas maiores.

É interessante notar que antes as empresas tinham o desafio de desenvolver sua própria tecnologia, que gerava inúmeras limitações. Hoje já é possível criar soluções comprando ou alugando sistemas, apps e plataformas prontas. Vale destacar também que a tecnologia tem atuado como um suporte, um catalisador para um novo canal, um novo modelo, um processo que oferece mais agilidade e velocidade. Mesmo assim, ressalto que aquelas empresas que entenderem que o jogo mudou e usarem a tecnologia como meio, e não apenas como fim, vão conseguir agregar mais valor ao cliente e vencer nesse mercado volátil, dinâmico e competitivo.

Estamos vivendo um momento de acesso a informação, de tecnologia disponível e muitas vezes barata e uma necessidade grande de mudar a mentalidade. Não podemos ignorar a força que a tecnologia e os negócios digitais conseguem ter na hora de impulsionar uma empresa. Por isso, abra mão de modelos antigos e arcaicos, ouça o que sua audiência tem a dizer e se adapte o mais rápido possível.